ATUALIDADES

Robótica nas Escolas

Especialistas falaram sobre o assunto na edição desta terça-feira (10) do programa Atualidades

Mirante News FM

Atualizada em 10/09/2024 às 13h03
Diogo Lima e Matheus Fernandes, convidados da edição desta terça-feira (10) do programa Atualidades (Armando Mendes/Mirante News FM)

SÃO LUÍS - Nesta terça-feira (10), o superintendente regional do Serviço Social da Indústria do Maranhão (SESI-MA) Diogo Lima e o professor de Química da escola Maple Bear, ex-competidor de robótica, tetracampeão estadual e vice-campeão mundial de robótica Matheus Fernandes foram os entrevistados da Rádio Mirante News FM no programa Atualidades. Durante a entrevista, eles falaram sobre a importância da robótica nas escolas.

Assim que a palavra robô foi utilizada pela primeira vez na década de 1920, a robótica se tornou um campo de conhecimento restrito a inventores, cientistas matemáticos e engenheiros. Com o desenvolvimento de softwares mais amigáveis no fim dos anos 60, essa área do conhecimento ultrapassou os limites da ciência experimental e aplicações tecnológicas e se expandiu para a pedagogia e a educação.

Tal avanço se demonstrou extraordinário ao apresentar um novo caminho para incentivar o ensino de Ciências, Tecnologia, Engenharia, Artes, Design e Matemática em crianças e adolescentes. Ao criarem atividades de montagem de robôs e sistemas automatizados, nos mais variados graus de complexidade, os estudantes não somente estimulam aptidões no campo das ciências exatas como desenvolvem habilidades como empatia, trabalho em grupo, comprometimento e liderança, entre outras.

É comum, quando se pensa em robótica, focar o olhar apenas para os robôs. E, diferentemente dessa visão restrita, é importante imaginar o mundo da robótica muito além das máquinas. A robótica começa em casa, ao acender a luz ou ao automatizar o processo de irrigação do quintal. E, também, está na palma da mão, ao enviar mensagens de texto ou fazer uma ligação pelo celular.

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Na robótica educacional, a metodologia foi idealizada para permitir aos alunos construir o próprio pensamento e conhecimento, por meio de ferramentas computacionais. Desde cedo, os jovens são engajados numa cultura de solução de problemas, de trabalho em equipe, de competição saudável, num mundo que desperta o interesse pelas ciências exatas, pela matemática, pela pesquisa e pela inovação.

“A robótica é uma ferramenta incrível para nós educarmos, especialmente porque, diferentemente do que as pessoas pensam, a robótica não é só construir e programar robôs, a depender do programa que você escolhe, você tem robótica artística como uma das categorias, da OBR, você tem o FIRA, que levam em conta robôs que jogam, que disputam coisas, uma pegada de robôs para o esporte, você a FLL, que leva missões da vida real em escala, você tem robôs da FCC, robôs grandes como FRC, Fórmula 1 que foca em engenharia de empreendedorismo. Então, você consegue captar uma série de conhecimentos e interesses, e convergir em um programa pedagógico, que articula quase todas as competências que a BNCC determina que a gente trabalhe com os alunos”, destacou Diogo Lima.


“Eu venho da cidade de Coroatá, interior do Maranhão, centro leste do Maranhão, e a robótica chegou para mim como aluno. Aí, eu tive a imersão, entrei de cara nesse projeto, quando chegou na minha escola, eu venho de escola pública. Depois começamos a participar das competições, tem todo um treino, uma dedicação para isso, você não usa só as horas destinadas à escola, você vai no sábado, no domingo, você vai à noite. Então, se você quer participar, se você quer vencer a competição, cada vez mais acirradas essas competições. Falando de escola pública, na última competição que teve, agora em agosto, que foi a OBR, do top 5, apenas a Maple ficou como escola privada no primeiro lugar, todas as outras escolas eram públicas. Então, é isso, a robótica quando chega, principalmente nessas escolas que são lá do interior, isso transforma a vida do jovem e da criança”, frisou Matheus Fernandes.

Assista à entrevista na íntegra.

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