ATUALIDADES

Saiba mais sobre cuidados paliativos

Especialistas falaram sobre o assunto nesta quarta-feira (4) no programa Atualidades

Mirante News FM

Laianny Carvalho e Henrique Muraguchi, convidados da edição desta quarta-feira (4) do programa Atualidades (Armando Mendes/Mirante News FM)

SÃO LUÍS - Nesta quarta-feira (4), a médica e especialista em Cuidados Paliativos pelo Instituto Pallium Latinoamerica, Laianny Carvalho, e o médico especialista em Cuidados Paliativos pela Universidade de São Paulo (USP-SP) Henrique Muraguchi foram os entrevistados da Rádio Mirante News FM no programa Atualidades. Durante a entrevista, eles falaram sobre cuidados paliativos.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) calcula que a cada ano 56,8 milhões de pessoas necessitam dos cuidados paliativos no mundo, a maioria de países de média e baixa renda. Segundo o órgão, a maioria dos casos envolve doenças crônicas, como as cardiovasculares (38,5%); câncer (34%); doenças respiratórias crônicas (10,3%); síndrome da imunodeficiência adquirida (Aids) (5,7%) e diabete (4,6%).

Segundo um grupo de estudos da Sociedade Médica de Santiago, no Chile, há alguns requisitos para classificar o paciente em estágio terminal. Entre eles, que o indivíduo tenha uma doença grave, de caráter progressivo e irreversível, com prognóstico fatal próximo ou em um prazo relativamente breve.

No momento do diagnóstico, a condição não é passível de tratamento conhecido, ou com eficácia comprovada, que permita alterar o prognóstico de morte próxima. Nesse sentido, significa dizer que o paciente, cuja doença já não tem mais alternativas para ser tratada e, por ela ser progressiva, há um grau de certeza de que levará a pessoa ao óbito.

Já os cuidados paliativos são definidos pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como uma “abordagem que melhora a qualidade de vida dos pacientes (...) que estão enfrentando problemas associados a doenças que ameaçam a vida”. Eles abrangem o manejo da “dor e de outros problemas, sejam eles físicos, psicossociais ou espirituais”.

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Isso quer dizer que o paciente não está necessariamente em estágio terminal, ou seja, com uma doença progressiva e sem tratamento, somente que ele tem um diagnóstico grave e que precisa dos cuidados paliativos para viver melhor, sem dores. Eles podem, assim, fazer parte do cuidado a uma pessoa que está em estágio terminal ou não.

“Quando a gente fala de cuidados paliativos, a gente fala de uma abordagem. É uma abordagem de equipe multiprofissional, e ela é voltada para as diversas formas de sofrimento que um paciente que vive com uma doença grave e que ameace sua vida, ele pode apresentar. Esses sofrimentos, a gente está falando de sofrimentos que são físicos, como sintomas associados as doenças, mas também a questão emocional, como, por exemplo, quando o paciente recebe a notícia de que ele tem uma doença grave, e como se abrisse um buraco ali embaixo dele, e ele fica muito desamparado e vão gerar uma série de sintomas e preocupações, em que essa equipe ela vai lidar com esse paciente para proporcionar o máximo de qualidade de vida possível”, destacou Henrique Muraguchi.

“Essa abordagem, como o colega falou, é uma forma de cuidar de um paciente que tem uma doença grave. Então, eu posso escolher cuidar do método tradicional, que é vai para o hospital, toma remédio, se der certo, deu, se não der certo, não deu, e o cuidado paliativo, ele vem com outro formato, ele vem como um formato que se importa com a pessoa que está passando pelo processo. Essa pessoa, ela tem um corpo físico, e dentro deste corpo, ela tem diversas necessidades, como também a necessidade de cuidar da doença, mas ela tem outras coisas no corpo dela. Então, a gente vai se preocupar se esse paciente ainda tem condições ainda de manter atividade física, porque antes de receber esse diagnóstico, ela gostava de treinar, nadar, de ir para o beach tênis. Então, a gente vai se importar com tudo que está relacionado ao corpo dela, além da doença”, afirmou Laianny Carvalho.

Assista à entrevista na íntegra.

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