SÃO LUÍS - Nesta terça-feira (20), a psicóloga Patrícia Cutrim e o advogado e especialista em Cibersegurança e Direito Digital Rubens Vilhena foram os entrevistados da Rádio Mirante News FM no programa Atualidades. Durante a entrevista, eles falaram sobre os vícios em jogos de azar, comentando sobre os tratamentos e as responsabilidades civis direcionados a esses tipos de jogos.
Nos últimos anos, houve um aumento na procura por tratamento para viciados em apostas online. De acordo com alguns pesquisadores, homens e mulheres entre 20 e 35 anos são bombardeados por propagandas e acabam apostando alto nas 'bets' esportivas, cassinos online e investimentos de alto risco. Somente no ambulatório do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de São Paulo recebe cerca de 150 casos novos por ano.
As casas de apostas online, ou "bets", como são conhecidas, aumentaram no país, colaborando também para o aumento do número de pessoas que procuram ajuda para se livrar da compulsão em apostas.
A compulsão é uma doença, mas diferentemente de dependência em álcool e drogas, com sintomas físicos mais claros, o vício em jogos mostra características menos evidentes.
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“Existem alguns aspectos que a gente precisa dar conta, no sentido que, além da perda financeira, pode abrir vulnerabilidade e afastamento desse suporte social. Então, veja só, existem dois momentos que ele pode acabar tendo esse investimento e perdas, tanto no ato de iniciar a dependência, como também de ficar sozinho, isolado quando descoberto, e isso vulnerabiliza mais, para fugir ou se esquivar desse sentimento de abandono ou de sofrimento, ele pode talvez aumentar o comportamento, inclusive, de apostar. Então, é preciso olhar cada caso com muito carinho e atenção para a gente avaliar o que é possível fazer nesse sentido”, afirmou Patrícia Cutrim.
“A legislação reconheceu a importância, inclusive, dos perigos que as casas de apostas, no sentido que a Doutora Patrícia estava falando, desse vício que pode ser causado, inclusive, a lei traz, curiosamente, a questão da ludopatia, que é esse vício em jogos, esse vício em apostas, inclusive, a lei proíbe expressamente, que pessoas que sejam diagnósticas com um lado médico, com ludopatia, elas não podem jogar. Então, assim, como isso vai ser de fato cobrado pela lei, a gente ainda está de fato tendo, nós temos que ter mais portarias, mais regulações, mas já tivemos um início”, destacou Rubens Vilhena.
Assista à entrevista na íntegra.
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