Resenha

"Faz Escuro, mas Eu Canto" disco solo de estreia de Paulão CL

O disco traz nove canções do músico que surgiu no cenário musical maranhense como instrumentista e cantor da banda Pedeginja.

Pedro Sobrinho / Jornalista

Atualizada em 27/03/2022 às 10h57
O disco "Faz Escuro, mas Eu Canto", de Paulão CL, já está disponível no Youtube, Soundcloud, Deezer e outras plataformas. (Paulão)

Música negra, groove e lirismo marcam o disco solo do cantor e compositor Paulo Cesar Linhares, 25, o Paulão. "Faz Escuro, mas eu Canto" mostra, em nove canções, um lado menos solar, mais sóbrio do artista, que surgiu no cenário musical maranhense
como compositor, guitarrista e cantor da banda Pedeginja. "Faz Escuro, mas eu Canto" foi composto e gravado durante o hiato do grupo, em 2015. O disco "Faz Escuro, mas Eu Canto", já está disponível no Youtube, Soundcloud, Deezer e outras plataformas.

Maturidade

Contrastando com a alegria de Contos Cotidianos (2013), álbum da Pedeginja, " Faz Escuro, mas Eu Canto" revela um compositor mais maduro, concentrado em desnudar intimidades de fases delicadas de sua vida, com temas como a separação (Dia D, Penélope) e o próprio fazer artístico (Canto das Sereias, Música do Sereno).

Poeticamente, o disco se situa entre uma noite e outra, recurso do qual Paulão se utiliza para transitar desde sonoridades introspectivas (Grilos) até a euforia da sexta-feira boêmia (Faz teu nome). Música do Sereno e Grilos, canções que já haviam sido gravadas anteriormente pela cantora Nathalia Ferro, ganham aqui sua primeira versão na voz de seu compositor.

Sonoridades

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O álbum remete aos seus contemporâneos da música popular, mas se destaca por uma escrita cuidadosa e menos atenta a maneirismos. Talvez por isso tenha conseguido dar vazão à musicalidade negra que acompanha Paulão, flertando com o soul, o samba, afoxé e até com o Afrobeat, sem perder a naturalidade.

Parceiros

O disco foi produzido Adnon Soares (Soulvenir), num processo de imersão na Casa Louca (casa que agrega boa parte da atual geração de músicos da ilha, e é referência em sonoridade e produção). Além de Paulão e Adnon, "Faz Escuro, mas Eu Canto" contou com Sandoval Filho e Darkliwson Brandão na bateria e percussão. A cantora Núbia deu charme aos backing vocals.

A arte gráfica e fotografia do projeto são de Laila Razzo. "Faz escuro, Mas eu Canto" traz Paulão, jovem profundo e ao mesmo tempo doce, num invólucro de groove, cadência e poesia.

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