Revolução feminina na música

Nathalia Ferro e Maria Ó falam do projeto Mana, discos autorais e do single "Eu Amo Uma Mulher"

Mana é fruto da parceria entre as cantoras e compositoras, surgido em maio de 2017. E desta conexão surgiu a música "Eu Amo Mulher", interpretada pela dupla. A música foi lançada em um vídeoclipe em novembro.

Pedro Sobrinho/Jornalista

Atualizada em 27/03/2022 às 10h56
Nathalia Ferro e Maria Ó em bate-papo no Plugado, na Mirante FM (Divulgação)

Nathalia Ferro e Maria Ó lançaram, nesse domingo (22/12), o single "EU AMO UMA MULHER" e comentaram ainda sobre o projeto MANA. Segundo Nathalia, MANA é o resultado da união das iniciais dos nomes Maria e Nathalia. O projeto refere-se a um chamado representativo entre mulheres que se reconhecem como parceiras.

- O Mana nasceu de uma parceria, de um encontro, que acontece há dois anos e meio entre eu e Maria, minha parceira de vida e da música. Aqui em São Paulo a gente começou a compor, a relatar sobre esta vida partilhada. É um trabalho que fala sobre o amor, basicamente, o amor em tempos de revolução feminina, é isso - explica.

- A convivência juntas, em algum momento, aflorou, desabrochou em canção, em uma necessidade de dizer sobre o que a gente vinha vivendo, seja nas partes difíceis, nos desencontros, no aprendizado, aos prazeres, acho que isso - complementa Maria Ó.

MANA é o fruto de uma parceria na vida e na música entre as cantoras e compositoras Nathalia Ferro e Maria Ó, desde maio de 2017. E desta parceria surgiu a música "EU AMO UMA MULHER", interpretada pela dupla. A música foi lançada em videoclipe, em novembro, pela Ybmusic, disponível no YouTube. Da canção que diz sobre duas mulheres, duas formas de ser e estar no mundo, surge no encontro, uma dança de imagens do dia a dia que cantam sobre a relação de amor das artistas e companheiras Nathalia Ferro e Maria Ó.

- De fato o mundo ele foi construído por uma boa parcela de corajosos. Eu sou uma mulher. Acho que a mulher tem como forte não é ser corajosa, mas sim, ser um ser desejante. Em torno do seu desejo ela constrói absolutamente tudo. Eu acredito que essa paz que é inerente ao direito de existir, ela não é, exatamente, a paz que a gente busca, a paz de amar, de ser o que ser com liberdade, no nosso próximo movimento de transformação, ainda é mais urgente, porque ela diz respeito a mulher como indíviduo, que tem desejos, que tem poder nesses desejos. Esta música fala de um mundo que está sendo construído, em que as mulheres se reconheçam como indíviduos e potentes de absolutamente tudo sem se deixar formatar por regras ou lei. Esta música não é um apelo, ela é uma declaração - ressalta Nathalia Ferro.

- No sentido literal a música é uma declaração pra você, mas também uma linha de minhas descobertas, inclusive, em relação como ser uma mulher com uma outra mulher, as potências disso, são as potências inerentes ao amor - esclarece Maria Ó, autora da música.

Segundo Maria Ó, o próximo passo do projeto Mana é gravar o álbum e fazer acontecer o show.

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- O projeto Mana não tem só uma mulher, tem nove pessoas. O primeiro passo é gravar o álbum e fazer acontecer o show. O meu segundo passo é gravar o segundo disco autoral da Maria Ó, precisamente no segundo semestre de 2020 - garante Maria Ó.

- Eu tô muito a fim de ver todo o projeto Mana materializado. Mana foi criado da junções dos nossos nomes. É um projeto representativo e com vários significados. Ele vem do verbo manar: “aquilo que brota, flui, verte em abundância”. É um ponto de partida, uma base para um repertório que fala de profundidade, mulheridade, de amor, que fala de muita coisa importante, íntima e verdadeira. Espero que em breve este projeto chega em São Luís. Estamos mexendo todas as estruturas pra muito em brever levar o show pra ilha. Nathalia Ferro tem surpresas, mas vamos dar um passo de cada vez. Este de agora tá muito bonito e estou muito feliz com o projeto Mana - enfatiza.

Eu Amo Uma Mulher

Gravado ao vivo, em voz e violão, na casa onde residem atualmente em São José dos Campos, interior de São Paulo, o single/clipe, filmado em P&B, com direção e roteiro assinados por Nathalia Ferro e direção de fotografia por Marina Duarte, parte de uma proposta pautada na honestidade e na simplicidade, escolhendo a partir do íntimo afetivo falar da energia sustentadora do amor.

Perfil

Nathalia é maranhense e tem em sua carreira os álbuns Instante (2013) e Alice Ainda (2015) e, recentemente, lançou o single manifesto “Revolução das Bruxas” pela Ybmusic, além de clipe e remix da faixa. Maria Ó, lançou pela Ybmusic, em 2017, o álbum Dança Três.

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