Pesquisa, Resgate e Extensão

Criada Comissão da Verdade da Escravidão Negra focada também na arte maranhense de matriz africana

Criada em 7 de agosto deste ano, a Comissão da Verdade da Escravidão Negra na seccional OAB/MA, tem como presidente o advogado Erick Moraes, que deu mais detalhes da relevância dos trabalhos para o Maranhão.

Pedro Sobrinho/Jornalista

Atualizada em 27/03/2022 às 10h56
Erik Moraes fala da importância da Comissão da Verdade da Escravidão Negra da OAB/MA (Divulgação)

Criada no dia 7 de agosto deste ano, a Comissão da Verdade da Escravidão Negra na seccional da OAB/MA, que tem como presidente o advogado Erik Moraes, segue a metodologia da Comissão Permanente do Conselho Federal da OAB.

Em entrevista ao Plugado, na Mirante FM, Erik declarou que, embora a comissão respeite a metodologia do Conselho Federal da OAB, que os trabalhos desenvolvidos pela seccional maranhense, será regionalizado e voltado para realidade escravocrata no Estado.

- Ao decorrer da implementação dos trabalhos será regionalizada, em razão que a reparação da escravidão se dá de maneira diferente em cada estado brasileiro - admite.

Erick explicou, ainda, que o papel da OAB, através da Comissão da Verdade da Escravidão Negra no Brasil, será realizado em diversas frentes que no primeiro momento visam utilizar a credibilidade do órgão para o resgate da história, para que mais a frente possam pedir responsabilização do Estado Brasileiro que é o sucessor do Império, pelo crime de escravidão, considerado um crime de lesa humanidade.

Pesquisa e Extensão

Indagado sobre o que vem sendo feito pela Comissão no Maranhão, Erik destacou os trabalhos de pesquisa sobre a escravidão produzidos pelas universidades locais.

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- Existem vários trabalhos acadêmicos já prontos das universidades maranhenses com provas jurídicas em universidades maranhenses com provas jurídicas do período da escravidão. Será então criado um canal para recebimento de denúncia de fatos passados ou presentes sendo acolhidos pela comissão - enfatiza.

Embora a comissão tenha uma história recente no Maranhão, Erik garantiu que ela será atuante, abrangente e tem como foco a arte de matriz africana produzida no Maranhão.

- Sabemos que em relação Brasil estamos atrasados e precisamos restabelecer o tempo perdido. Temos a qualidade de muitos trabalhos avançados e prontos no Maranhão, inclusive sobre a cultura maranhense de Matriz africana incorporado pelos maranhenses, como exemplo o tambor de crioula, entre outras manifestações de origem negra. Vamos fazer um resgate histórico de todas essas manifestações - ressalta.

Erik disse que a comissão está aberta aos advogados, instituições e sociedade civil interessados em participar e contribuir com produção de material para a Lei que vai definir as diretrizes da História da África e cultura afro brasileira, com o resgate jurídico de todo o período da escravidão.

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