Troca de Ideia

César Boaes defende gestão participativa e democrática

Há dois meses no cargo de diretor do Teatro Artur Azevedo, um dos mais belos e imponentes teatros do Brasil, o artista, produtor cultural e ator, fez uma avaliação do trabalho, destacou as conquistas obtidas em curto espaço de tempo.

Pedro Sobrinho / Jornalista

Atualizada em 13/11/2024 às 09h38

Há dois meses no cargo de diretor de um dos mais belos e imponentes teatros do Brasil, o artista, produtor cultural e ator, fez uma avaliação do trabalho, destacou as conquistas obtidas em curto espaço de tempo.

César Boaes no quadro Troca de Ideia, no Plugado, na Mirante FM, com o jornalista Pedro Sobrinho. Foto: Divulgação

CÉSAR BOAES já disse em entrevistas que quando está no teatro "não sente falta de nada, se sente completo". Quando fala desta forma se coloca como o artista. Depois de ocupar por quase 15 anos o cargo de gestor do Circo da Cidade em São Luís, CÉSAR BOAES, reconhecido nacionalmente pelo seu personagem CLARISSE MILHOMEM do espetáculo PÃO COM OVO, é o atual diretor do Teatro Artur Azevedo. Ao participar do quadro TROCA DE IDEIA, na última quarta-feira (6/11), com o jornalista PEDRO SOBRINHO, no PLUGADO, na MIRANTE FM, BOAES fez uma avaliação dos dois meses de gestão à frente de um dos mais belos e imponentes teatros do Brasil.

 

 

Indagado sobre como nasceu o convite, ele disse que veio através de uma ligação da primeira dama, LARISSA BRANDÃO e do secretário de Estado da Cultura, YURI ARRUDA.

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"Sempre fui produtor cultural, sempre me produzi, sempre fiz espetáculo no Teatro Artur Azevedo, e como produtor saia chateado devido alguns problemas estruturais. Sempre reclamava de algumas gestões passadas porque conhecia muito bem o teatro. Enfim, estava em cena com o espetáculo Pão com Ovo quando fui surpreendido com um telefonema e o convite da primeira-dama, Larissa Brandão e do secretário de Cultura, Yuri Arruda. Pedi um tempo pra pensar porque era uma coisa muito inusitada pra mim. Depois aceitei com a condição da minha flexibilidade de não largar o Pão com Ovo, minha vida de artista. Nessa altura do campeonato não quero me transformar apenas em funcionário público. Passei 15 anos como diretor do Circo da Cidade. Não era minha intenção voltar pra ocupar cargo público, mas já que tive essa flexibilidade, pensei bastante e senti o quanto seria importante contribuir como produtor, até por rodar teatros no Rio e São Paulo, o que me dá uma expertise de observação desses teatros, que servem como referências para o trabalho que pretendo desenvolver como gestor do teatro. Portanto, resolvi deixar de dormir depois do almoço e vou para Teatro Artur Azevedo dá meu expediente, deixar minha contribuição como produtor e pessoa do marketing também. São dois meses à frente do Teatro, um dos melhores teatros do Brasil, uma grande referência para qualquer artista, qualquer produtor. Quando se fala do Teatro Artur Azevedo lá fora todo mundo diz: "aquele teatro é lindo', elogia.

Em meio aos desafios, CÉSAR BOAES disse que assumiu a função de diretor do Teatro Artur Azevedo para servir, ser um facilitador das pessoas. César defende uma gestão participativa e democrática com prioridade para os artistas locais e à comunidade em geral.

"Como gestor quero ser um facilitador da vida das pessoas, facilitar a vida das produções. Como servidor público estou para servir, diferente de ser subserviente. entrei ali pra criar uma nova cultura de facilitar as produções que se apresentam naquele espaço". defende. "A minha relação com os artistas locais, produtores e fazedores de cultura é boa. Tive uma aceitação muito grande quando fui escolhido para o cargo. Até hoje nas ruas as pessoas me parabenizam. È prazeroso saber que tive aceitação da classe artística, dos produtores o que me motiva bastante. E a primeira coisa que fiz foi chamar todos os produtores para uma gestão participativa. Comapareceram 48 produtores locais pra repensarmos o edital, o chamamento público das pautas...implantou o sistema de democratização com prioridade para os artistas locais, mas não podemos se fechar para as produções nacionais que precisam estar de volta a este circuito. Quero também um palco de formação de plateia aberto para os estudantes. O desejo é democratizar o Teatro Artur Azevedo como equipamento cultural e patrimônio significativo da cidade" argumenta.

César destacou as reformas estruturais que já começaram a ser feitas no teatro, com a participação da iniciativa privada. E quando questionado se dirigir o TEATRO ARTUR AZEVEDO é um sonho de consumo realizado, ele foi categórico em dizer: "não".

- Não tenho mais essa vaidade. Tenho a minha realização profissional. Sou um dos artistas que mais se apresentou no Teatro Artur Azevedo. Não preciso do cargo de diretor do Teatro Artur Azevedo para me promover. Talvez a minha vaidade me satisfaça de uma outra forma, pois como o cargo de diretor é passageiro quero dar a minha contribuição como gestor do teatro, e deixar uma grande contribuição. Além da minha flexibilidade quando aceitei o convite foi com poder político, poder usar do meu nome, da minha influência para levar benefícios para o teatro, até porque muitos gestores tiveram boa vontade, mas não tiveram força política, o que também é necessário" enfatiza.    

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