Brasil reconhece violação de direitos aos quilombolas de Alcântara
Mais de 300 famílias foram instaladas em agrovilas durante a construção do CLA e o presidente do Conselho Estadual de Defesa de Direitos Humanos, Antônio Pedrosa, concedeu entrevista ao Abrindo o Verbo.
SÃO LUÍS - Trinta e seis anos após as remoções das famílias quilombolas das suas comunidades em razão da construção da base do Centro de Lançamento de Alcântara, no interior do Maranhão, o Brasil foi julgado pela Corte Internacional de Direitos Humanos (Corte IDH), no Chile.
A Comissão Interamericana de Direitos Humanos e os representantes de 152 comunidades quilombolas de Alcântara acusam o Brasil de não consultar as comunidades e não fazer estudos de impactos socioculturais – descumprindo diretrizes da convenção da Organização Internacional do Trabalho (OIT).
O presidente do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos Humanos e advogado da Federação dos Trabalhadores Rurais e Agricultores do Estado do Maranhão (Fetaema), Antônio Pedrosa, tratou sobre a violação dos direitos desses quilombolas durante entrevista ao programa Abrindo o Verbo da Mirante AM.
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“Foi um pouco vergonho que o Estado Brasileiro somente agora ter reconhecido que violava os direitos humanos daquelas comunidades lá em Alcântara. Este é um ponto”, declarou Antônio Pedrosa.
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