Ponto Final

"Muitos já foram presos e outras prisões virão" diz Ricardo Cappelli sobre ataque em Brasília

Durante 23 dias, o secretário-executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública, atuou como Interventor Federal em Brasília.

Rádio Mirante AM

Atualizada em 03/02/2023 às 10h33
Ricardo Cappelli em entrevista ao Ponto Final (Marcelo Rodrigues / Rádio Mirante AM)

SÃO LUÍS - Nesta sexta-feira (03), o secretário-executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Cappelli, em entrevista ao Ponto Final, da Rádio Mirante AM, avaliou o trabalho da pasta neste primeiro mês de mandato.  Durante 23 dias, Cappelli atuou como interventor federal em Brasília, após ataque golpista aos prédios dos poderes no Distrito Federal.

Ricardo Cappelli começou destacando que várias pessoas foram presas no curso das investigações e outras prisões devem acontecer futuramente conforme a apuração avança. 

“O que aconteceu é inaceitável. A gente está apurando tudo porque não é possível admitir o que aconteceu. Muitos já foram presos e outras prisões virão também”, disse Cappelli.

O secretário-executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública também detalhou os momentos que antecederam o ataque.

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"O mudou do dia primeiro para o dia oito? No dia 2, o senhor Anderson Torres, ex-Ministro da Justiça assume a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal, ele muda o núcleo da secretaria e viaja. Boa parte do comando da Polícia Militar estava de férias no dia 8 e não houve um planejamento operacional. Informação não faltou. No dia seis, 48 horas antes do fato, a subsecretaria de inteligência enviou um relatório ao gabinete do secretário Anderson Torres informando que as manifestações seriam violentas e que existia o risco de invasão dos prédios públicos. Foi avisado dois dias antes. E nada aconteceu com essa informação", explicou Cappelli.

Diante dos fatos, Ricardo Cappelli reforçou que a apuração segue acontecendo, que o ex-Ministro da Justiça e Secretário de Segurança do Distrito Federal está preso e concluiu que o golpe tentado pelos terroristas só não foi finalizado pois o grupo radical não contou o apoio da maioria no alto comando das forças armadas.

“A justiça está apurando. Anderson Torres está preso por determinação do STF. Agora a impressão que eu tenho é que são muitas coincidências juntas. Só não consumaram (o golpe) porque não houve maioria no alto comando das forças armadas para apoiar essa aventura”, disse o secretário-executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública.

Ouça.

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