Ponto Final

Especialista descarta possibilidade de guerra mundial

O Pós-Doutor em Relações Internacionais, Luiz Eduardo Simões, revelou que o

Rádio Mirante AM

Atualizada em 27/03/2022 às 10h59
(LUIZ EDUARDO)

SÃO LUÍS - Nesta sexta-feira (25), em entrevista ao Ponto Final, na Mirante AM, o Pós-Doutor em Relações Internacionais, Luiz Eduardo Simões, analisou contexto do conflito envolvendo Rússia e Ucrânia.

Para Luiz Eduardo, a Rússia age de forma preventiva e a disputa é pelo controle do mercado de armas no mundo.

"A questão que tá acontecendo tem muito mais a ver com a questão da vontade da OTAN, de colocar bases militares apontadas para a Rússia do que para outra coisa. E nesse caso, a Rússia está agindo preventivamente. Para quem conhece um pouquinho de história, a situação parece um pouco dos mísseis cubanos, só que com o sinal trocado. Aí tem gente que faz associação com a guerra fria. Mas não é mais uma questão de bipolaridade no mundo. Você não tem mais o soviético 'malvadão' de um lado e o pessoal que está lutando pela liberdade do outro. Nós estamos vivendo uma disputa que tem muito mais a ver com o controle da venda e compra de armas no mundo, do que outra coisa", explicou Luiz Eduardo.

O Pós-Doutor em Relações Internacionais acrescentou que o desejo da Ucrânia de integrar o bloco de países da OTAN, também foi um dos fatores que levaram à ofensiva Russa.

"A Ucrânia se tornou um lugar muito complicado nos últimos 10 anos e ao mesmo tempo a Ucrânia tem esse desejo de se alinhar a OTAN, se alinhar na verdade ao bloco liderado pelos Estados Unidos. Agora por trás dessa disputa, existe o controle do mercado internacional de armas", disse Luiz Eduardo.

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Apesar da tensão entre os dois países, Luiz Eduardo acredita que o conflito não irá evoluir para um Terceira Guerra Mundial.

"Acho que ninguém está interessado em uma ampliação do conflito, até pela natureza das ameaças que a OTAN e os Estados Unidos tem mandado à Rússia. A Ucrânia não vai ter apoio para além de sanções fracas, até porque a Rússia tem um parceiro forte, o maior cachorro, nessas brigas de cachorros grandes que é a China", afirmou Luiz Eduardo Simões.

Ouça a entrevista completa.

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