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Sem apoio, Yglésio pode reavaliar permanência no Moto

Presidente do Papão do Norte disse que as empresas ainda tem muita resistência em investir no futebol pela falta de transparência.

Rádio Mirante AM

Atualizada em 27/03/2022 às 10h59
(Yglésio Moyses)

SÃO LUÍS - Nesta terça-feira (07), o presidente do Moto Club de São Luís, Yglésio Moysés, em entrevista ao radialista Juraci Filho, fez um balanço da situação do papão do norte e das ações que estão sendo desenvolvidas para reestruturar o clube.

Yglésio reafirmou que sabia da situação em que o clube se encontra, com dívidas, contas bloqueadas e processos em curso. Ele também fez um apelo em especial ao conselho do clube, pedindo a união dos conselheiros não só em questões pontuais.

"Que as coisas eram difíceis a gente já sabia por conta da burocracia. A questão é que a gente tá se ressentindo em termos necessidade de apoio mesmo. Ontem mesmo a gente estava expondo para o conselho a questão financeira, mostrando a dificuldade de patrocínio, num grupo com uma porção de gente. Tem muita gente que tem ajudado em situações pontuais o time, mas precisamos de um apoio ostensivo, institucional do conselho. O conselho não é apenas para ficar fazendo vaquinha quando há alguma situação para resolver e ficar opinando. A gente precisa de uma situação em que todo mundo se junte. A gente tá convidando o conselho à fazer essa co-gestão. Isso ficou muito claro na primeira reunião que nós tivemos", disse Yglésio Moysés.

O presidente do Moto Club também destacou alguns trabalhos que já estão em desenvolvimento, que podem ser resolvidos à curto prazo, mas reforçou que falta apoio, sobretudo financeiro. Porém, Yglésio reconhece que a desorganização e a falta de transparência, pontos que estão sendo resolvidos agora, afastam as empresas.

"As empresas tem muita resistência ainda em financiar o futebol de modo geral. A questão da transparência foi uma coisa que maculou muito a imagem dos times, a dificuldade, a desorganização. Mas nós estamos no processo de entender como as coisas são. O que é o curto prazo? Nós já conseguimos fazer a rua de acesso ao Moto Club, já conseguimos fazer uma limpeza no CT, nós já temos processo de projeto rodando pro Moto tentar buscar parceiros na iniciativa privada para podermos ter esses módulos do CT para serem feitos academia, área de vivência, reforma do próprio CT. Nós estamos nos esforçando bastante, tendo algumas vitórias, porém há a necessidade da gente avançar mais e pra avançar mais a gente precisa de apoio. Sem apoio nós não vamos conseguir resolver", enfatizou o presidente do Moto Club.

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No entanto, Yglésio Moyses afirmou, sem hesitar, que pode deixar a presidência em janeiro, caso os patrocínios não apareçam.

"Se tiver perspectiva de ter patrocínios, parcerias, eu fico com certeza. Se em janeiro esses patrocínios não aparecerem nós vamos ter que reavaliar a permanência, com certeza absoluta, sem qualquer tipo de problema, nós vamos chegar e ter uma conversa. Eu nunca me escondi. Agora assim, eu não vou ter como custear o Moto Club de bolso. Não tem dinheiro pra isso", garantiu Yglésio.

Ouça a entrevista completa.

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