Ponto Final

Mandetta afirma que o foco nesse momento deve ser a vacina

O ex-ministro da saúde lamenta que neste momento o congresso esteja discutindo a CPI da covid

Rádio Mirante AM

Atualizada em 27/03/2022 às 10h59
(Mandetta)

Nesta quinta-feira (22), o ex-ministro da saúde do governo Bolsonaro, Luiz Henrique Mandetta, em entrevista ao radialista Jorge Aragão, no programa Ponto Final, na rádio Mirante AM, avaliou o momento da pandemia no país após completar um ano desde que deixou o comando da pasta.

Mandetta criticou a CPI da covid e afirmou que o país deveria está preocupado em vacinar a população.

"Eu acho que o ideal seria que a gente não precisasse fazer CPI. Que a gente tivesse tudo transparente com todos os dados dispostos à população. Quando você fala em investigação significa que querem saber coisas que não estão as claras. Acho que nesse momento nosso foco deve ser vacina, tem que ser buscar melhor condição de atender o povão, de poder fazer um programa social, poder dar um alento às pessoas", disse Mandetta.

O ex-ministro da saúde avaliou o atual momento da pandemia no país e disse que a perda de vida foi banalizada e cobrou mais união no combate à covid-19.

"As pessoas relaxaram. Ano passado quando estava lá no ministério, a gente ainda estava trabalhando meio junto. Então a gente conseguiu pular aquela primeira fase, lógico que teve dificuldade, perdemos gente, mas ainda tinha uma equipe de trabalho mais organizada. Agora tá difícil, os médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, tá todo mundo extenuado, fadigado. Banalizou muito a perda de vida. Capaz de nesse mês de abril a gente fechar 400 mil óbitos. É muita coisa", avaliou.

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Mandetta apontou que o Brasil errou em não ter comprado a vacina conta o coronavírus quando elas foram oferecidas ao país.

"O Brasil errou em alguns pontos. Vários eu poderia falar aqui, mas um que é principal, que eu não consigo entender nem que alguém queira me explicar, é por que o Brasil não fez o contrato de comprar as vacinas em julho, agosto do ano passado quando elas foram oferecidas? Se a gente tivesse comprado em julho/agosto, teríamos começado a vacinar nosso povo em novembro. E não tinha que ser uma marca de vacina, tínhamos que comprar três, quatro, o que tivesse e a gente já hoje estaria com isso controlado. De repente o governo ficou naquele segundo semestre do ano passado nesse negócio de ficar falando que não toma vacina, que vai virar jacaré, conversa que não tinha motivo. Pra mim, o maior erro foi esse. Para sair desse problema é pela ciência, não adianta a gente pensar: - Eu vou tomar remédio tal, tomar cloroquina, tomar ivermectina. Isso não tira, se tirasse, o mundo inteiro teria adotado", criticou Mandetta.

Ouça a entrevista completa.

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