SÃO LUÍS - O candidato pelo PSTU ao governo do Estado, Marcos Silva, disse que a filosofia do partido é o compromisso com os valôres éticos e tentar derrubar conceitos equivocados de que vence na política quem tem dinheiro.
- A referência do PSTU é com os operários, estudantes. E o nosso objetivo é não fazer carreira política, mas sim modificar o hábito de se fazer política nesse País, onde o fisiologismo e o uso do poder econômico que são os responsáveis na decisão de uma eleição - argumentou.
Questionado sobre plataforma de governo, Marcos Silva, que tem como vice Hertz Dias, prometeu construir um novo modelo de reforma agrária no Estado, universalizar o serviço público, mais acesso à saúde e à educação, investir em saneamento básico - financiando o sistema de coleta de lixo e o tratamento de esgotos, estimular o desenvolvimento da indústria, para gerar mais emprego e renda. Durante a sabatina, Marcos Silva defendeu a nacionalização dos recursos naturais do País com a criação do Ministério das Minas, Energia e Recursos Naturais, se referindo a reserva de Gás Natural em Capinzal do Norte e da privatização desses recursos existentes no país por parte do capital estrangeiros.
- É um pensamento do PSTU a nacionalização da Terra como um uso de todos. E essa discussão tem que ser feita em âmbito nacional - ressaltou.
Só a Luta Muda a Vida
Marcos Silva esclareceu sobre a retirada do tradicional slogan de campanha do partido: "só a luta muda vida". Ele definiu a mudança de estratégia alegando que a frase ficou redundante e que o partido vivencia um novo momento.
- O objetivo da frase "Só a Luta Muda a Vida" era criar uma consciência crítica na massa e dizer a ela que a vida não muda por conta de uma eleição. A mudança ocorre com a mobilização para que as necessidades básicas da população, entre os quais, educação, saúde, melhoria no transporte e saneamento básico, segurança pública, sejam atendidas. Portanto, "Só a Luta Muda a Vida" é uma palavra de ordem que não será abandonada. Ela continua no coração do partido e do povo. Só que o momento, agora, é de luta - convocou.
Divergência Ideológica
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Marcos Silva discordou do candidato Saulo Arcangeli (PSol) e garantiu que a esquerda no Maranhão não está orfã. Defendeu a filosofia do PSTU como sendo um partido cuja a vocação é tentar compreender a história política do País e preparar os militantes para a luta política e dar respostas que sejam de interesses do trabalhador.
O candidato do PSTU, Marcos Silva, negou que tenha qualquer implicância com o PCdoB e o seu candidato a governador, Flávio Dino. Segundo ele, a questão é de projeto e, na sua opinião, o candidato comunista representa o projeto liberal.
Questionado como se identifica um candidato do campo liberal, Marcos Silva afirmou que é pelo discurso direcionado para os poderosos.
- No Maranhão, Flávio Dino, Roseana Sarney (PMDB) e Jackson Lago (PDT) representam os mesmos interesses liberais – explicou o socialista.
Marcos Silva declarou que em caso de segundo turno o PSTU ficará neutro.
Participaram da entrevista os jornalistas Mário Carvalho, Jorge Aragão, André Martins e Marco´D´Eça. A sabatina é mediada pelo apresentador do Ponto Final, Roberto Fernandes. Nesta quinta-feira, 26, é a vez do candidato Flávio Dino (PCdoB).
Histórico
O eletricista Marco Silva é o candidato do PSTU ao governo do Maranhão. Ele nasceu em Bacabal, tem 44 anos. Tenta, pela quarta vez, se eleger governador do Maranhão.
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