Comportamento

Pets em apartamentos: dicas para o bem-estar deles

Segundo Alexandre Rossi, conhecido como Dr. Pet, o animal também pode ser feliz em ambientes com metragem menor

Atualizada em 11/10/2022 às 12h15
Aexandre Rossi, o Dr. Pet, é possível manter a qualidade de vida dos pets mesmo em ambientes menores (dr pet)

São Paulo - Os "pais de pets" ganham cada vez mais espaço na sociedade. Mas, ainda existe o pensamento de que o convívio para os animais é mais difícil em apartamentos, fazendo com que adaptações ao novo lar e à rotina do animal e seu dono sejam decisivos para torná-lo mais agradável.
Para Alexandre Rossi, zootecnista, veterinário e mestre em psicologia fundador da empresa Cão Cidadão, é possível viver bem com o animal em apartamentos mais compactos. "O entretenimento dentro de casa, com brinquedos e arranhadores, por exemplo, é fundamental para a rotina dos cães e gatos. No caso dos cachorros, ainda é possível associar as brincadeiras a passeios três ou quatro vezes por dia, para que eles gastem bastante energia", comenta Alexandre, também conhecido como Dr. Pet.

O tamanho do animal também faz diferença para a metragem do ambiente. "Normalmente, cachorros grandes têm mais restrição nas brincadeiras em espaços menores, então precisam de mais atividades fora de casa. Nesse momento, o ideal é proporcionar diferentes estímulos para eles: olfativos, visuais e sociais", explica. Para os gatos, o ambiente pode ser moldado com atrativos específicos, até mesmo de forma caseira, com tubos de PVC e corda enrolada. "Os felinos gostam de lugares altos e, principalmente, das janelas. Por isso, é de suma importância que elas sejam protegidas com rede, até mesmo a varanda. Isso evita que eles caiam ou pulem ", indica.

Condomínios
Com a forte onda dos pets como parte da família, os condomínios já surgem preparados com espaços para recebê-los. O engenheiro civil e CEO da Vila 11 , Ricardo Laham, comenta que as empresas do setor imobiliário precisaram se adaptar ao boom do setor pet, que impactou diversas frentes do mercado e a rotina dos brasileiros. "Percebemos que ao menos 50% de nossos moradores possuem animais de estimação, sendo os cães a maioria. Neste contexto, espaços como o Pet Place passaram a ser essenciais para atender à rotina dessas famílias, oferecendo comodidade e segurança", comenta.

"É essencial que o ambiente ofereça toda a infraestrutura necessária aos animais, como espaço para brincadeiras e atividades físicas. E não basta prover um espaço em um local determinado do prédio, é questão fundamental tratar da saúde e da segurança. Cuidados como portões de contenção para evitar fugas, porta-saquinho para recolher as necessidades, bebedouros higiênicos, drenagem específica e cuidado com as espécies vegetais", observa o engenheiro. "Além disso, os espaços precisam contemplar o apoio aos donos, seja com mobiliário externo adequado e Wi-Fi disponíveis para dar ao morador a opção de trabalhar e interagir com os vizinhos ou relaxar enquanto seu pet se distrai", completa.

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Espaços compartilhados
Para Rossi, os donos precisam ficar alertas para alguns pontos quando se trata dos Pet Places. "Cada animal tem seu comportamento, por isso, não recomendo que o dono chegue no espaço e, simplesmente, solte seu pet. No convívio entre eles, é comum ter estranhamentos, brigas ou um deixar o outro mais amedrontado. Alguns cães também são mais antissociais que outros, nesse caso, a dica é frequentar em horários mais vazios", orienta.

Descer para avaliar o local sem o cachorro é outro ponto muito importante. "É essencial entender se há espaço para que o animal fuja, como entre o vão das grades ou por cima, no caso daqueles que costumam escalar. Ter comporta é fundamental para promover a segurança, diminuindo o risco de que o animal saia do espaço. Além disso, prestar atenção nos cachorros que já estão lá antes de soltar o seu", exemplifica.

Convivência com a vizinhança
Antes de se mudar para o apartamento, a primeira coisa a fazer para quem quer ter um pet é ficar atento às regras do condomínio e evitar problemas com os vizinhos e com outros animais. Respeitar horários, limites de barulho e os ambientes que eles podem frequentar são fundamentais. "Geralmente, áreas como churrasqueira, piscina, co-working, lavanderia e academia são ambientes mais restritos para os bichos, pensando justamente na proteção e prevenção de acidentes", finaliza Laham.

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