Pets

Animais idosos requerem cuidados especiais

Para que os pets tenham uma velhice saudável, é importante também manter bons hábitos ao longo da vida

Atualizada em 11/10/2022 às 12h16
(Cães e gatos)

São Paulo -

Assim como nós humanos, os animais também necessitam de certos cuidados para uma velhice mais saudável. Para garantir que aquele bichinho que foi um companheiro por toda vida tenha longevidade e saúde, é importante manter cuidados ao longo da vida, como boa alimentação, vermifugação correta e contínua, vacinação e visitas ao veterinário sempre que necessário, assim como manter a atenção ao comportamento dele, que pode demonstrar sinais de que já não está com o mesmo desempenho e interesse por algumas atividades.

De acordo com o médico veterinário e responsável técnico pela clínica veterinária da Ages - instituição de ensino superior pertencente à Ânima Educação, um dos maiores ecossistemas educacionais do país -, Lauman Gonçalves de Carvalho, a partir dos 11 anos podemos considerar os gatos idosos. No caso dos cães, essa idade pode variar de acordo com o porte dos animais. Os cachorros pequenos têm uma expectativa de vida maior em relação aos de grande porte e podem ser considerados idosos a partir dos 9 anos. Já os grandes ou gigantes entram nessa fase por volta dos 6 anos de vida.

“No que se refere ao acompanhamento veterinário, os animais idosos precisam de consultas e checkups constantes para que haja um controle de eventuais problemas desde o início. Tanto a alimentação quanto alguns medicamentos seguem linhas específicas para animais idosos. Vale sempre a pena a consulta de um profissional para seguir um protocolo específico para ele. Por exemplo, animais com problemas renais, diabéticos, cardíacos tudo isso influência diretamente nas necessidades nutricionais (ração) e também no uso dos medicamentos”, aponta Lauman.

O médico veterinário salienta que os pets têm comportamentos próprios, que se tornam comuns e conhecidos pelos tutores. Então, a partir do momento em que eles passam a se comportar de forma fora do habitual, com letargia, alterações motoras, diminuição da interação social ou qualquer outro detalhe que configure um desvio do normal, é preciso acender um alerta para uma cautela maior.

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“A redução na agilidade e entusiasmo dos pets é bastante notória com a idade. Sinais como falta de empolgação ao ser convidado para passear e apatia em geral devem ser observados, pois isso pode evitar uma sobrecarga de exercícios que gere lesões ou traumas por conta da prática forçada. Animais idosos devem passar por um checkup pelo menos a cada 6 meses, exames básicos como hemograma, perfil renal, hepático e glicemia devem ser solicitados sempre”, indica o médico veterinário.

Ele enfatiza que os cuidados ao longo da vida certamente influenciam de forma direta na velhice do pet. “Alimentá-lo com rações e suplementos de qualidade, vacinar, vermifugar e, se possível, acatar a castração (macho ou fêmea) e evita chances de desenvolvimento de várias doenças. Avaliar periodicamente o pet com um veterinário e prevenir doenças, certamente garante uma qualidade de vida e longevidade maior”, completa.

Patologias e cuidados

Algumas raças, por conta de consanguinidades oriundas de cruzamentos entre parentes, ou mesmo pela própria propensão da raça manifestam doenças típicas. Um exemplo é a displasia coxofemoral em raças grandes, como Pastor Alemão e Dogue Alemão, doença essa que se manifesta de forma mais intensa em idosos, com mais chances de problemas articulares. Outra patologia bastante comum de raças específicas é a surdez em Dálmatas e as afecções de pele em geral de raças como Sharpei, Shitzu e outras.

Lauman coloca ainda que a anestesia em animais idosos é bem mais complexa e consequentemente perigosa, pois pela possibilidade de o paciente já sofrer com doenças pré-existentes, ele pode manifestar complicações e isso influenciar no processo de sedação, por isso qualquer necessidade de cirurgias deve ser avaliada por um profissional.

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