Opinião

Campanhas de conscientização

Atualizada em 11/10/2022 às 12h15

Pelo menos quatro importantes campanhas para a sociedade deverão ser desenvolvidas neste mês: o Setembro Amarelo, com foco na precaução e combate ao suicídio; o Setembro Verde, voltada à conscientização sobre importância da doação de órgãos; o Setembro Lilás, que aborda a sensibilização da sociedade sobre a Doença de Alzheimer; e o Setembro Dourado, dedicado ao combate e prevenção do câncer infantil.

São temáticas muito relevantes e que exigem de todos e do poder público ações que visem minorar os impactos para quem sofre diretamente com os problemas apontados. Portanto, é fundamental chamar a atenção para essas questões, vivenciadas muitas vezes por pessoas que estão muito próximas.

Em se tratando do Setembro Amarelo, com base em informações da Organização Mundial de Saúde (OMS), mais de 700 mil pessoas, em 2019, tiraram a própria vida “em ato de absoluto desespero”. O levantamento da OMS revelou, ainda, que o suicídio é a quarta maior causa de morte de jovens entre 15 e 29 anos. Isso é muito sério, daí a necessidade de uma política pública eficiente e eficaz para combater esse mal, considerado tabu e somente com informação correta é possível conscientizar pessoas que o suicídio pode ser evitado.

Já em Setembro Verde ocorre a Semana de Conscientização do Doador de Medula Óssea, muito importante para que sejam adotadas políticas públicas que deem noção à população para esse ato e, ao mesmo tempo, fazer com que as pessoas conversem com seus familiares e amigos sobre o assunto. Apesar da ampliação da discussão do tema nos últimos anos, trata-se ainda de um assunto polêmico e de difícil entendimento, resultando em um alto índice de recusa familiar.

Um estudo da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) identificou três motivos principais para essa alta taxa de recusa, fato que não ocorre só no Brasil: incompreensão da morte encefálica, falta de preparo da equipe para fazer a comunicação sobre a morte e motivos religiosos. A doação pode ser de órgãos (rim, fígado, coração, pâncreas e pulmão) ou de tecidos (córnea, pele, ossos, válvulas cardíacas, cartilagem, medula óssea e sangue de cordão umbilical). A doação de órgãos como rim, parte do fígado ou da medula óssea pode ser feita em vida.

Também neste mês acontece o Setembro Lilás, que é voltado à conscientização do Alzheimer, uma doença neurodegenerativa, progressiva e irreversível que afeta o cérebro e suas funções cognitivas, conforme o avançar da idade. É uma doença que não tem cura, mas tem tratamento para diminuir sintomas e evitar o avanço. Daí a importância da conscientização da sociedade sobre o assunto”, disse, revelando que segundo dados de pesquisas, o número de brasileiros com a anomalia cresceu 127% nos últimos 30 anos.

Por fim, o Setembro Dourado, que trata sobre o câncer infanto-juvenil. As doenças oncológicas são a primeira causa de morte na fase entre um a 19 anos, mas se diagnosticadas logo cedo e tratadas adequadamente esses índices podem ser melhorados, pois a prevenção é uma aliada muito importante, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca). Nas últimas quatro décadas, o progresso no tratamento do câncer na infância e na adolescência foi extremamente significativo. 80% dos acometidos pela doença podem ser curados, se diagnosticados precocemente e tratados em centros especializados.

E na luta contra a Covid-19, que continua assustando, o Brasil aplicou em agosto 50,3 milhões de doses de vacinas contra a Covid-19, uma média de 1,6 milhão por dia. De acordo com levantamento com base em dados do Ministério da Saúde e das secretarias estaduais, essa é a maior média mensal registrada até o momento e representa um acréscimo de 19% em comparação com julho. Em agosto, a administração diária variou entre 564.769 e 2.944.390 doses, este último é o recorde de aplicações até o momento. Recentemente, o país ultrapassou os Estados Unidos na taxa de vacinados com ao menos uma injeção: 64% contra 61,8%. Já os totalmente imunizados no Brasil representam 29,2% da população, contra 52,4% nos EUA.

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