Contrabando de migrantes

Grupo que lucrava enviando maranhenses aos Estados Unidos pela fronteira com México é alvo da PF

As vítimas pagavam caro para realizar a viagem, muitas vezes assumindo dívidas altas. PF cumpre mandados de prisão e de busca e apreensão.

Imirante, com informações da Polícia Federal no Maranhão

As autoridades destacaram que as medidas simultâneas nos dois países foram essenciais para impedir a fuga dos investigados e preservar provas.
As autoridades destacaram que as medidas simultâneas nos dois países foram essenciais para impedir a fuga dos investigados e preservar provas.

SÃO LUÍS -  A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta quarta-feira (26) a segunda fase da Operação Hancórnia, desarticulando uma organização criminosa transnacional especializada no contrabando de migrantes brasileiros para os Estados Unidos. A ação contou com cooperação da agência norte-americana Homeland Security Investigations (HSI).

Em operação simultânea nos estados do Maranhão, Minas Gerais, Rondônia, Distrito Federal e Espírito Santo, mais de 50 policiais federais cumpriram 16 mandados de busca e apreensão e um mandado de prisão preventiva. A Justiça Federal determinou ainda o bloqueio de R$ 14 milhões em bens dos investigados.

Segundo as investigações, o grupo recrutava vítimas principalmente no Maranhão, oferecendo rotas ilegais através da América Central. Os migrantes pagavam valores exorbitantes, muitas vezes contraindo dívidas com juros abusivos. O esquema envolvia centenas de vítimas, incluindo crianças e adolescentes, e utilizava empresas de fachada para lavagem de dinheiro.

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Nos Estados Unidos, a HSI prendeu um dos líderes da organização em Boston (Massachusetts) e iniciou processos de deportação contra outros envolvidos. Esta fase da operação dá continuidade aos trabalhos iniciados em 2022, quando foi descoberta a extensão da rede criminosa.

As autoridades destacaram que as medidas simultâneas nos dois países foram essenciais para impedir a fuga dos investigados e preservar provas.

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