"Dia Mundial do Rim"

Ações lembram importância da prevenção de doença renal

Dez milhões de brasileiros são portadores e, provavelmente, nem sabem disso.

Maurício Araya / Imirante.com

Atualizada em 27/03/2022 às 11h56

SÃO LUÍS – Nesta quinta-feira (13), comemora-se o "Dia Mundial do Rim". O serviço de nefrologia do Hospital Universitário (HU) da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) e a Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN), em São Luís, realizam atividades com o tema "Um em 10: o rim envelhece, assim como nós". Em Brasília, a SBN realiza, ainda, um ato público no Congresso Nacional. Pelo menos 10 milhões de brasileiros são portadores da Doença Renal Crônica (DRC) e, provavelmente, nem sabem disso.

A DRC é reconhecida como um dos maiores problemas de saúde pública no mundo: 500 milhões de pessoas são acometidas. De acordo com a SBN, atualmente, são mantidos em programa de diálise 100 mil pessoas no Brasil, a maioria tratada pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O Brasil gasta mais de R$ 2 bilhões em tratamentos de doenças renais ao ano.

Segundo o médico nefrologista, Natalino Salgado Filho, trata-se de uma "nova epidemia no século". "O que é grave é que há um consenso que isso está sendo negligenciado por todos os programas de saúde pública do mundo inteiro", afirmou em entrevista ao Imirante.comouça na íntegra.

Além de controlar a quantidade de liquido no organismo, o rim produz hormônios, controla a anemia e equilibra o pH (acidez) do organismo, e quando as células perdem a capacidade de filtrar das substâncias benéficas a ele, "você passa por um processo de intoxicação". "Quando ele danifica, desestrutura o sistema funcional do nosso organismo", diz Natalino.

Continua após a publicidade..

Alguns fatores são determinantes para o desenvolvimento da DRC. "As principais causas determinantes da perda da função renal estão relacionadas, no mundo inteiro, à diabetes. No nosso país, temos a diabetes, mas a hipertensão vem em primeiro lugar", explica o especialista. A obesidade, também, é um fator de risco.

Transplante

As complicações renais possuem graus. Nos mais elevado, é necessário o transplante de rim. No Maranhão, 411 pacientes foram transplantados em uma década no HUUFMA, o único no Maranhão a realizar o procedimento. Atualmente, 300 pessoas estão cadastradas na fila de espera pelo transplante.

Como o tratamento das complicações renais é caro, a prevenção, ainda, é o melhor caminho. "É um ciclo vicioso, e a população tem que entrar em um círculo virtuoso, que é controlar a pressão, controlar peso, fazer sua dieta para poder não desenvolver essas doenças e, portanto, proteger seus rins", finaliza.

Saiba quem disputa as eleições em São Luís.

Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais Twitter, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.