ALCÂNTARA - Nesta terça-feira (22), o maior desastre da história do Programa Espacial Brasileiro, que resultou na morte de 21 profissionais civis no Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), completa 20 anos. O acidente de Alcântara é também um dos mais letais acidentes espaciais do mundo
O desastre de 22 de agosto de 2003 foi registrado três dias antes do lançamento do foguete VLS-1, protótipo que colocaria em órbita dois satélites nacionais de observação terrestre.
Com estrutura montada, o foguete passava por ajustes finais na Torre Móvel de Integração (TMI) quando, às 13h26, um dos motores teve uma ignição prematura e o protótipo foi acionado antes do tempo. Houve uma explosão na torre, que matou 21 civis que trabalhavam no local.
Segundo o Ministério da Aeronáutica, houve "falhas latentes" e “degradação das condições de trabalho e segurança”, e foi descartada a possibilidade de sabotagem, de grosseira falha humana ou de interferência meteorológica.
De lá para cá, houve mudanças por mais segurança na Base de Alcântara. Novos testes com foguetes já voltaram a ser realizados.
Lançamento de sucesso
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Um novo capítulo para o Programa Espacial Brasileiro teve início com o lançamento do foguete sul-coreano HANBIT-TLV em março deste ano. Esse foi o lançamento de número 500 do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA). O veículo levou a bordo carga útil desenvolvida 100% no Brasil em um voo que durou 4 minutos e 33 segundos. Esta é a primeira vez que o Brasil realiza um lançamento experimental em conjunto com uma empresa privada de outro país.
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A Operação Astrolábio constituiu uma parceria entre o Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA) e a empresa sul-coreana Innospace.
Para o Diretor-Geral do DCTA, Tenente-Brigadeiro do Ar Maurício Augusto Silveira de Medeiros, a Operação Astrolábio mostrou ao Brasil e ao mundo a capacidade do CLA, que ainda será ampliada por meio do Centro Espacial de Alcântara (CEA).
“Este lançamento quebrou um paradigma, pois poderemos ter diversas operações comerciais, a partir do CEA, nos colocando entre os centros espaciais reconhecidos mundialmente e inseridos nesse mercado tão grande e que se desenvolve a cada dia mais, que é o mercado espacial. O lançamento do HANBIT-TLV e as parcerias futuras trarão uma série de benefícios, pois são receitas que vêm para o município de Alcântara, para o estado do Maranhão e para o Brasil”, afirmou o Tenente-Brigadeiro do Ar Maurício Augusto Silveira de Medeiros.
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