PH Revista: Natal da família Motta
E mais: O Ano da Serpente
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Quando os fogos terminam
É muito natural colocarmos grande expectativa nas lindas, saborosas e atraentes festas de Natal e Ano-Novo. Enche-se de alegria nossa alma, das mais nobres intenções o nosso sentimento, dos mais belos votos e preces nos nossos dias do ano vindouro.
Quando as festas se acabam, as luzes e os fogos terminam, passam as bebedeiras e comilanças, o vazio toma conta.
Parece que, olhando para o infinito, perdemos algo que nunca na realidade conquistamos.
E nos damos conta de que colocamos nossa empolgação e realização nas coisas que sabíamos passageiras, como aquele brilho e clarão das noites de fogos de artifício, que, não deixando de serem belos e flamejantes, são momentâneos e pontuais.
Quando os fogos terminam...2
Como dizia o poeta gaúcho Mário Quintana: “Eles passarão, eu passarinho”. E chegamos à dura realidade das noites cotidianas, não tão fascinantes, não tão festivas, não tão calorosas e familiares como as das festas de fim de ano.
E voltamos à apatia de dias iguais, repetitivos e rotineiros sem aquela empolgação e mística que nos empolgavam até então.
Repete-se o ritual fictício de sempre por depositarmos nosso sonho, nosso anseio de mudança, nossa felicidade no exterior de nós mesmos, enquanto decididamente não tomamos internamente as opções corretas, sábias e prudentes, que tão somente cada um pode e deve tomar em seus fantásticos e ilusórios propósitos de Réveillon, projetados no ápice da emoção.
Quando os fogos terminam...3
A sociedade nos prepara para vivermos um presentismo hedonista, ou seja, a anestesia em querer saborear e usufruir o presente como ele é, em suas cores e seus apetites dos mais variados, instantâneos, fúteis e passageiros, como um namoro de verão, uma amizade interesseira, uma festa qualquer, um projeto pessoal de interesse egoísta, como o sucesso momentâneo de um jogador de futebol pelo gol decisivo daquele jogo da história.
E diz o livro dos livros: “Vaidade das vaidades, tudo é vaidade” (Eclesiastes 1,1).
É bem verdade que deveríamos viver o momento presente, sem ficar choramingando os erros do passado que não rolam mais moinhos, nem ficar estressados e angustiados com um futuro que ainda não chegou. Estaríamos sempre fora da realidade, ou seja, alienados. Acontece que a intensidade dos momentos presenciais deve ser vivida com a responsabilidade e a alegria de que o amanhã não seja nebuloso como consequência de nossas opções atuais deliciosas.
Quando os fogos terminam...4
O prazer e conforto cotidiano não podem comprometer nosso futuro, mas torná-lo esperançoso. É como aquele drogado que só pensa no prazer e magia que a droga lhe proporciona, naquela hora, sem consciência de sua inércia e paralisia de vida, sem medir as consequências de sua escravidão no vício.
É semelhante à ilusão que também proporcionam nossas fantasias festivas de final de ano, quando nos dopamos de esperançosas e sorridentes saudações, quando na realidade não somos o que aparentamos ser, nem buscamos o que realmente deveríamos querer, nem nos comprometemos no dia a dia com aqueles que publicamente bendizemos e saudamos hipocritamente.
E então os holofotes se apagam, as câmeras são guardadas, os estragos das festas recolhidos, o glamour escondido pelas cortinas dos salões, as fotos reveladas dos festejos que pareciam eternos.
Quando os fogos terminam...5
Tudo passou... ficamos, você e eu, revisando o vivido, olhando o horizonte na busca de algo que nunca tivemos em plenitude, porque objetivamos a felicidade nas coisas que passam e não no que é duradouro.
Que os momentos de descanso, festa, alegria do Ano-Novo possam fazer cada um colocar sua esperança no que realmente tem sentido e que não seja efêmero, vil e passageiro.
Só não esqueça de olhar o horizonte.
Imagens solenes
O grande impacto visual da mocidade foi uma sessão de Os Dez Mandamentos, de Cecil B. de Mille, no antigo e saudoso cinema Eden, que tinha passado por uma reforma, com poltronas logo abaixo do facho de luz da projeção.
“Aqui é suave” disse alguém, para expressar a emoção e o deslumbramento das novas instalações, diante de um filmaço em cinemascope.
O filme era tão comprido que imagino nunca ter saído dele e ainda estou lá, com amigos e as possíveis namoradas vistas de longe.
Havia um intervalo para o guaraná, mas voltamos e permanecemos para todo o sempre, vendo o mar Vermelho se abrir e Charlton Heston descendo do Sinai transfigurado pela revelação das leis divinas.
“Ele era o Moisés”, nos dizia Bernardo Tajra, sacando profundamente o ator que se transfigura no ofício e encarna o personagem de verdade.
Imagens solenes...2
As imagens tinham grandeza. Eram como um altar-mor permanente, com esculturas sagradas. Cenas bíblicas. Tínhamos formação na solenidade visual. Os faroestes ou filmes de aventuras ou mesmo os grandes musicais e comédias românticas nos repassavam esse esplendor para os olhos, pois políticos, religiosos, educadores, a tradição, a família queriam nos ver de olhos bem abertos para o fato grandioso de existirmos num mundo que girava em torno de uma estrela e navegava pelo espaço vestindo azul, como notou o primeiro astronauta, que também adicionou novas imagens espetaculares à nossa vida.
Podíamos olhar para o céu estrelado, para a grande lua amarela, para as rápidas luzes dos satélites cruzando enigmaticamente as constelações. E o pôr-do-sol nas águas da baía de São Marcos?
Os amores de nossa vida passavam na calçada pisando em nuvens e nos mantinham sob o jugo do amor jamais correspondido.
Imagens solenes...3
Hoje vejo a hegemonia das imagens vadias, tudo atirado de qualquer forma, as cenas repetidas dos filmes, a chatice dos apelos, a mesquinharia das danças.
Perdemos essa noção de grandeza que nos encantava.
Pelo menos para quem era garoto naquela época, e tudo parecia permeado pela esperança e pela transcendência.
DE RELANCE
Operadora Maxx celebra conquistas
Em clima de união e celebração, os colaboradores da Operadora Maxx se reuniram para um almoço especial de fim de ano, em comemoração às conquistas alcançadas ao longo de 2024.
O evento contou com a participação da Diretoria e de membros de todas as áreas da empresa, destacando a importância do trabalho conjunto para o sucesso da operadora.
A confraternização marcou o encerramento de um ano de importantes avanços, com destaque para a implantação de novos serviços tecnológicos que elevaram a qualidade da experiência dos clientes.
Instante mágico
Desde que a genialidade do homem dividiu o tempo com base na astronomia e criou a unidade ano, o primeiro dia dessa unidade tem sido reverenciado. As pessoas, então, consideram-se mais fraternas, menos dispostas aos choques de relacionamento, sem rancores.
É o milagroso instante em que se tornam verdadeiramente criadas à imagem e semelhança do Criador.
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Estamos vivendo mais um desses instantes. Quarta-feira, 1º de janeiro, ano da graça de 2025.
Instante mágico...2
Exceto durante os anos de guerra, e o século passado os teve em dose dupla como conflitos mundiais, nunca foi tão necessária uma era de elevação espiritual.
O mundo está açoitado por ondas sucessivas de violência e rancor. As divergências incontroláveis estão em toda parte. Entre nações e indivíduos há um desvio insólito na convivência pacífica.
Há quem pretenda ser o xerife do mundo, o policial dos povos, atacando sob o pretexto da defesa da paz mundial.
Tudo é motivo para divergências: das crenças religiosas às ideias políticas, da diferença racial aos costumes de vida, até o simples desporto.
Instante mágico...3
Já nem se fala da fome, que se faz má conselheira arrastando milhões de pessoas à extrema miserabilidade, inclusive moral.
Nem se fale, igualmente, da falta de empregos em tantas regiões da Terra, com gente morrendo de inanição.
Esse é o panorama geral, as exceções provando a regra como termos de comparação mais felizes na pequena escala de economias fortes.
Instante mágico...4
Nesse primeiro de ano, pensemos todos, à influência do toque mágico da efeméride, se podemos mover nossa palha, por frágil que seja ela, para um mundo melhor e mais solidário.
Não é tarefa fácil, reconheçamos: há divisões de opiniões e procedimentos arraigados no nosso dia-a-dia, tornando as pessoas cada vez mais fechadas dentro de seu círculo a fugir dos perigos que estão em toda parte.
Tais palavras servem, também, para esses semeadores de discórdias, mais para eles, até.
Que saibam prolongar o instante mágico do 1º de janeiro de 2025 pelo ano inteiro.
Que assim seja, a bem do futuro de todos.
O Ano da Serpente
O Ano Novo Chinês 2025 é o Ano da Serpente, com características do elemento Madeira com sua polaridade Yin.
Diferentemente do calendário que seguimos no Brasil, o Ano Novo Chinês não começa no dia 1º de janeiro. Na verdade, ele tem duas datas que podem variar anualmente, conforme o calendário lunissolar.
O Ano Novo Chinês tem sempre duas datas. A primeira data, vista pelo calendário lunar, ocorre no dia 29 de janeiro de 2025.
O Ano da Serpente...2
Essa data é importante para a agricultura e marca as celebrações populares de Ano Novo na China, fundamentais para sua identidade cultural, como os tradicionais festivais e rituais que estimulam as boas intenções para o novo período.
A segunda data do Ano Novo Chinês é 3 de fevereiro de 2025, seguindo a referência do calendário solar. Para a Astrologia Chinesa, neste dia o Sol passará pelo 15º grau do signo de Aquário, oferecendo uma precisão maior do que o calendário lunar.
Por isso, a Astrologia Chinesa Ba Zi e o Feng Shui Tradicional Chinês consideram o dia 3 de fevereiro como início do Ano Novo Chinês da Serpente.
Caixinha
As festas de fim de ano deixaram um saldo negativo para carteiros, lixeiros, porteiros e muitos outros servidores que fazem da caixinha uma maneira de engordar a ceia.
Com a crise, muita gente decidiu não dar mais a tal gratificação e ficou famoso o bilhete escrito por um conhecido empresário para o entregador de jornal.
No bilhete é o empresário quem pede ajuda. Olha só: “Desculpe, mas acho que é a minha vez de pedir uma caixinha. Mantendo minha assinatura do jornal garanti seu emprego por um ano. Você não acha que eu mereço uma caixinha?”
A expressão do ano
Havia seis palavras ou expressões finalistas da Univesidade de Oxford para 2024. Brain rot, traduzido aqui como podridão cerebral. Romantasy, que se refere a livros de fantasia romântica. Slop, que é uma espécie de spam da inteligência artificial, ou seja, mensagens indesejadas feitas por meio de robô. Lore seria algo relativo à tradição ou fatos sobre determinado assunto. Dynamic Pricing é a estratégia de alteração de preços de acordo com a demanda. Demure, por sua vez, fala sobre pessoas recatadas, reservadas e até fofas.
Em comum, todos são termos que se popularizaram a partir do uso em redes sociais, especialmente do TikTok. Uma postagem que viralizou, um vídeo que teve muitas visualizações ou correntes que se formaram a partir de influencers.
Não foi à toa que, diante de termos da internet, a primeira tenha saído vencedora. A votação popular elegeu brain rot como expressão do ano.
Para escrever na pedra:
“O tempo é um tecido invisível em que se pode bordar tudo”. Do escritor Machado de Assis.
TRIVIAL VARIADO
O Sindicato do Comércio Varejista e dos Lojistas de São Luís (Sindilojas) tem acompanhado o balanço de vendas no comércio da capital maranhense durante o período do Natal e revela que o crescimento foi “bem sutil”, embora o mês de dezembro ainda não tenha se encerrado e ainda haver reflexo das vendas de Natal.
A baixa performance, apesar de positiva, se deu por conta do aumento do dólar, que, segundo a entidade, encareceu as mercadorias, entre outras questões econômicas internas do País e da região.
Seja para cobrir gastos extras ou renegociar dívidas no fim do ano, os maranhenses buscaram mais crédito no mês de novembro, como aponta o Indicador de Demanda dos Consumidores por Crédito da Serasa Experian.
Outro ponto importante destacado é que muitos maranhenses utilizam as ofertas da Black Friday para antecipar as compras de Natal gastando menos.
Imunizantes: Ministério da Saúde informou ontem, em nota, que “os estoques de vacinas no País estão abastecidos.”
Câmbio: dólar sobe 2% na semana e fecha a última sexta-feira de 2024 a R$ 6,19. Na parcial do mês, o salto é de 3,18%. No ano, quase 30%.
Uma grande comitiva de maranhenses desembarca dia 30 em Belém do Pará para ver o show do cantor Roberto Carlos na capital paraense.
Nada menos que três setores já estão esgotados: cadeiras brancas, cadeiras verdes e arquibancadas inferiores. As mesas azuis já têm 97% dos lugares ocupados, as mesas amarelas estão em 85%.
O pacote fiscal ainda aguarda a sanção do presidente Lula, mas as novas regras aprovadas pelo Congresso apontam que o salário mínimo nacional subirá para R$ 1.518 em 2025.
O novo valor entra em vigor no dia 1º de janeiro. A mudança deve gerar economia de R$ 5,2 bilhões aos cofres da União. Cada R$ 1 de elevação do salário mínimo faz as despesas crescerem cerca de R$ 450 milhões.
Saiba Mais
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