O especialista em Tarô Ednei Procópio conduz os leitores por uma jornada reveladora em ‘Os Arcanos de Oz’, publicação da Matrix Editora. Na obra, o autor explora os detalhes da clássica história de Dorothy Gale – a jovem que desafiou tornados e bruxas para encontrar seu caminho de volta para casa – e revela como diversos elementos do tarô e seus múltiplos significados se escondem ao longo de toda a narrativa. Principalmente, no filme que estreou em 1939 e continua a encantar multidões.
Dedicado à compreensão do Ocultismo Ocidental, o estudioso explora os arcanos e os segredos entrelaçados no filme e nas páginas do livro original de “O Maravilhoso Mágico de Oz”. Segundo Procópio, a magia se desdobra nas entrelinhas e em cada cena dessa aventura que impactou diversas gerações.
Tarô e Oz se misturam na obra publicada em 1901 com as ilustrações de William Wallace Denslow, que revelam conexões cósmicas, arquétipos ancestrais e segredos que transcendem o tempo. Neste lançamento, o autor explica como o Baralho Cigano e o Rider-Waite Tarot se fundem com a Terra de Oz.
Cena a cena, o pesquisador se debruça sobre os simbolismos que, antes, poderiam passar despercebidos, mas, após a leitura, abrem um novo mundo aos entusiastas desse clássico da literatura e do cinema. Exemplo disso são os livros nas mãos de Dorothy em uma das passagens da obra que fazem referência à carta 26 de qualquer edição do Baralho Cigano, o Dez de Ouros.
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Esta mesma passagem também faz referência à lâmina II do tarô, A Papisa. Quando surge durante um jogo, esse arcano simboliza um avanço evolutivo considerável. Assim, pode-se afirmar que a protagonista precisa ampliar a sua própria visão de mundo, até então bastante limitada, se quiser continuar tendo tranquilidade em sua pacata vida no Kansas.
‘Os Arcanos de Oz’, portanto, comprova que a Bruxa do Norte, o Espantalho, o Homem de Lata e o Leão Covarde não são meros personagens, mas portadores de verdades universais, o que faz dessa história uma revelação, um convite para desvendar o véu entre mundos.
Enriquecida com imagens do filme “O Mágico de Oz”, a análise de Ednei Procópio reforça o entendimento de que os símbolos universais se manifestam sobretudo na cultura e nas artes e podem gerar novas interpretações e percepções sobre a vida.
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