SÃO LUÍS – O quarto dia de desfiles na Passarela do Samba Chico Coimbra já deixou saudades e o gostinho de quero mais depois de dois anos sem esse agito no Anel Viário. Por falar em saudade, foi este o enredo da campeã do último concurso em 2020, a Flor do Samba.
A Flor do Samba foi um dos destaques da noite dessa segunda-feira (20), assim como a Turma da Mangueira que entrou no universo do sagrado e das encantarias.
Primeiras da noite
A noite de desfiles começou após as 22h com a Unidos de Fátima fazendo uma homenagem à médica e deputada estadual Helena Dualibe. Ela que vem como uma figura inspiradora, repassando valores como justiça e bondade.
“Helena Duailibe é luz”, “luz que dá inspiração” e “lutou, trabalhou e venceu” são alguns trechos do samba-enredo que animou o público nas arquibancadas. A escola, que surgiu em 1957, levou três carros alegóricos para avenida.
Em seguida, veio a Mocidade Independente da Ilha do bairro Cohab Anil. Fundada em 1986, a agremiação mostrou a magia do circo. Uma comissão de frente com mágicos e grande cartola anunciavam que o show estava começando.
O samba de Júlio Braga apontava figuras que não podem faltar no circo. “Tem contorcionista, equilibrista, bailarina e o domador, mas a maior atração está no ar é o palhaço”, diz um trecho. Após uma viagem pela fantasia e surpresas circenses nas alas, lá estavam eles, os palhaços, em clima total de diversão e alegrando crianças e adultos. A escola levou apenas dois carros para a Passarela, além de 900 componentes.
Extra! Extra!
A terceira escola de samba a entrar na avenida foi a Império Serrano, que falou dos 70 anos do Jornal Pequeno. Os anos de muito trabalho e prestação de serviço de um dos tradicionais jornais impressos da capital foram lembrados nas alas da escola de samba.
O fundador do Jornal Pequeno, o jornalista José Ribamar Bogéa foi destaque no enredo por sua importância na história do Maranhão.
Uma dessas alas enalteceu o futebol maranhense, outras lembram os cadernos de cultura, política, saúde, turismo. O enredo também relata a fase em que o jornal impresso ganhou o colorido e se atualizou diante das novas tecnologias. A escola do Monte Castelo levou três carros alegóricos para a avenida.
Continua após a publicidade..
Viagem de Fé
A penúltima escola a desfilar trouxe o tema: “Morada Sagrada dos Reis da Encantaria do Maranhão: uma viagem de fé aos tempos sagrados de nossos guardiões”. A Turma de Mangueira coloriu de verde e rosa a avenida e fez o público cantar forte seu samba.
Fundada em 1928, a escola mais antiga da capital, mostrou, de fato, amadurecimento, sabia o que estava fazendo e veio com sede de vitória. Atravessaram a avenida com três carros alegóricos e alas mais robustas que das agremiações antecessoras.
O enredo entra no cenário místico e de seres encantados do imaginário maranhense. “São várias as famílias de Reis e fidalgos que viveram em alguma época, em algum lugar do mundo que fazem parte do encantador mundo místico do maranhão, presente nas Casas de cultos afros”, de acordo com a sinopse apresentada pela escola à comissão julgadora.
A comissão de frente validou os costumes indígenas nativos do Maranhão. Cores fortes como o preto e o vermelho apareceram algumas vezes nesta passagem poderosa da escola. Por fim, o público ficou maravilhado com o desfile memorável da Turma da Mangueira.
Eita, saudade danada!
A Flor do Samba mais que confirmou que todo mundo estava mesmo era com saudade do Carnaval de Passarela, com saudade de fazer e cantar samba e com saudade, obviamente, de sambar.
A quinta escola da noite falou da saudade de um amor que deixou o cheiro no ar. “Aquela carta que o amor escreve, o primeiro beijo, ninguém esquece”, diz um trecho do samba.
As alas emanavam amor. A Flor falou do renascimento de um encanto, de uma saudade danada e de um amor que não passa. A escola finalizou o desfile quase às 4h desta terça-feira (21), com seus integrantes e a comunidade gritando: “É campeã!”.
Realizado pela Prefeitura de São Luís, o Carnaval na Passarela do Samba foi coordenado pela Secretaria Municipal de Cultura (Secult). Em quatro dias, 50 agremiações carnavalescas desfilaram no local.
Saiba quem disputa as eleições em São Luís.
Saiba Mais
- Escola de samba mais antiga do Rio de Janeiro, Portela celebra 100 anos de fundação
- Imperatriz mostrou o Brasil que nos interessa, diz carnavalesco
- Desfile das Campeãs do Rio: seis escolas voltam à Sapucaí neste sábado
- Lava-Pratos ocorre neste fim de semana em São José de Ribamar com atrações regionais
- Favela do Samba e Flor do Samba são campeãs do Carnaval 2023
Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais Twitter, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.
+Namira