Portugal despacha o Brasil da decisão do Mundial no Rio

Atualizada em 27/03/2022 às 14h45

RIO - O favoritismo brasileiro ruiu neste sábado. E foi sofrido, nos pênaltis. Apontado como o melhor time do mundo, o Brasil não confirmou as expectativas e foi derrotado por Portugal por 2 a 1 nas penalidades, após empate por 5 a 5 no tempo normal e 1 a 1 na prorrogação, pela semifinal do Mundial da Fifa de futebol de areia. Com o resultado, a seleção portuguesa decide o título contra a França, que superou o Japão na outra semi. Já a seleção brasileira disputa o terceiro lugar contra os asiáticos.

Romário teve atuação apagada e não conseguiu evitar a eliminação brasileira

As duas seleções são antigas conhecidas e, mesmo assim, o Brasil não conseguiu impor seu ritmo e teve em Romário uma de suas figuras mais apagadas. Agora, Portugal, que contou com atuação mais do que inspirada de Madjer, autor de quatro gols e artilheiro do Mundial com 11, se firma como o time que mais vezes venceu os brasileiros, com quatro sucessos nos 11 tropeços da história do time nacional.

A situação deste sábado é semelhante à do Mundial de 2001, quando o Brasil perdeu na semi por 6 a 5, no "gol de ouro". Na ocasião. Portugal ficou com o título ao derrotar a França, enquanto o Brasil levou 4 a 2 e deixou o terceiro lugar com a Argentina.

As outras duas derrocadas brasileiras aconteceram na Copa Latina, em 2000, na Costa do Sauípe (BA), também nas penalidades, por 8 a 7, após empate por 5 a 5 no tempo regulamentar e 0 a 0 na prorrogação. A última derrota aconteceu em 2003, jogando na fora de casa, em Figueira da Foz, o Brasil perdeu por 7 a 4, pelo Mundialito.

Além disso, Portugal é a única equipe, ao lado do Brasil, que conquistou todos os títulos possíveis, como Mundialitos, Copas Latinas e uma série de troféus em sua galeria. A principal conquista foi o Mundial de 2001, até então o único em dez edições no qual a seleção brasileira não havia subido no lugar mais alto do pódio. No domingo, a França pode entrar na galeria de campeões mundiais.

A derrota

Logo no início, Portugal mostrou que poderia superar o Brasil. Os europeus tiveram o controle dos minutos iniciais e marcaram duas vezes. Madjer abriu o placar aos 2min03, após pegar rebote, e ampliou com Marinho, aos 4min12, em cobrança de falta.

Do lado brasileiro, Romário aparecia pouco, e os donos da casa encontravam dificuldades. Mesmo assim, o time conseguiu chegar ao empate, graças a dois gols de Buru. O primeiro foi de cabeça, aos 5min42, e o segundo saiu em cobrança de falta, aos 6min44.

Mas a equipe nacional voltou a sofrer com Madjer. Em um belo lance, aos 8min18, ele dominou e, com velocidade, arriscou uma bicicleta certeira, indefensável. Buru, o melhor brasileiro em quadra, voltou a empatar logo em seguida, aproveitando passe de Neném.

O equilíbrio persistiu no segundo tempo. Aos 4min36, o Brasil assumiu a dianteira do placar pela primeira vez na partida, quando Benjamin fez boa jogada individual e bateu de canhota no canto esquerdo. O quinto gol saiu aos 10min06: Neném recebeu de Chumbinho e, de bicicleta, balançou as redes, dando a impressão de que a vitória estava próxima.

Mas não deu tempo para a torcida comemorar, já que Madjer, na saída, marcou o quarto, diminuindo a vantagem para 5 a 4. No terceiro tempo, o jogo ficou ainda mais nervoso, e Portugal chegou ao empate outra vez com Madjer. O artilheiro, em tiro de longa distância, decretou o placar final do tempo regulamentar.

A prorrogação, de apenas três minutos, foi marcada por momentos emocionantes. Logo aos 42s, o brasileiro naturalizado Alan sofreu falta de Buru e chutou com violência no canto esquerdo, recolocando o time português em vantagem. Apoiado pela torcida, o Brasil se lançou ao ataque e deu espaços para Portugal, que desperdiçou chances de definir a semi. Faltando 12 segundos para o fim, Benjamin sofreu falta, cobrou no canto direito e conseguiu o gol salvador, levando a decisão para as penalidades.

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O Brasil bateu primeiro, e Juninho converteu. Alan cobrou para os portugueses e igualou. Na segunda cobrança, Jorginho acertou a trave direita e deu para Portugal a chance de vencer o jogo. Madjer, mais uma vez, cobrou bem e selou a classificação portuguesa.

BRASIL

Robertinho; Júnior Negão, Jorginho, Benjamin e Romário, depois Buru, Juninho, Neném e Chumbinho

Técnico: Índio

PORTUGAL

Bruno; Hernani, Marinho, Alan e Madjer, depois Pedro Jorge, Barraca, Jonas e Belchior

Técnico: José Miguel Mateus

Data: 13/05/2005

Local: arena de Copacabana, no Rio de Janeiro (RJ)

Árbitros: Carlos Robles (CHI), Christian Hauben (BEL), Mohamed Saeed (EAU)

Gols: Madjer, aos 2min03 e 8min18, Buru, aos 5min42, 6min44, e 8min26, e Alan, aos 4min12 do primeiro tempo; Benjamin, aos 4min36, Neném, aos 10min06, e Madjer, aos 10min08 do segundo tempo; Madjer, aos 3min24 do terceiro tempo

Prorrogação: Alan, a 42s, e Benjamin, aos 2min48

Pênaltis: Juninho (BRA), Alan e Madjer (POR)

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