Justiça Desportiva

STJD e Sampaio: guerra de narrativas no tribunal trava decisão sobre inquérito

O Caxias alega ter as súmulas – no entanto – o Sampaio por sua vez informa ter as imagens dos duelos do ABC

Thiago Bastos / Imirante Esporte

Atualizada em 12/11/2024 às 15h59
O Caxias alega ter as súmulas – no entanto – o Sampaio por sua vez informa ter as imagens dos duelos do ABC (Divulgação)

SÃO LUÍS - Desde o fim do Brasileiro da terceira divisão, o torcedor do Sampaio Corrêa espera por uma definição quanto à instauração ou não de processo que averiguaria a possível irregularidade do atleta Yuri Ferraz (que se transferiu do ABC do Rio Grande do Norte para o Caxias do Rio Grande do Sul). Até o fechamento desta reportagem, a Justiça Desportiva ainda não se pronunciou sobre o tema de forma definitiva.

Ou seja, na prática, o Sampaio sabe que está rebaixado – já que a classificação final do Campeonato Brasileiro da Série C o coloca nesta situação. No entanto, o Sampaio alega – por meio do Departamento Jurídico do clube – que o jogador atuou de forma irregular, já que o regulamento impede o uso de atleta por outra agremiação no mesmo torneio – desde que o atleta tenha entrado em campo em mais do que três oportunidades.

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O Caxias alega ter as súmulas – no entanto – o Sampaio por sua vez informa ter as imagens dos duelos do ABC que atestam o uso pelo time potiguar do jogador por mais do que três jogos. Por ora, o time gaúcho não tem provas comprobatórias e robustas que confirmaram a transferência do atleta pelo ABC de forma deliberada para prejudicar outra equipe.

O Sampaio – desde o início dos fatos – mira as atenções na conduta entendida como “sem cuidados devidos” do time gaúcho que, na visão do time maranhense, não teria executado todas as medidas para verificar se o atleta estava ou não enquadrado dentro do regulamento e passível de aproveitamento pelo Caxias.

O STJD trata o tema internamente com cautela, já que – caso o Sampaio tenha ganho de causa – estaria minimamente comprovado o erro de verificação do uso do jogador e ausência de controle do ente que organiza a competição. Se o Caxias ganhar, por outro lado, as provas que confirmam que o atleta esteve em campo em mais do que três oportunidades perderiam valor.

Devido aos fortes argumentos de ambos os lados, o STJD posterga ao máximo o posicionamento, o que ainda mantém as esperanças mínimas tricolores. Existe a possibilidade inclusive de que o assunto se arraste até os primeiros meses do ano que vem.

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