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"Achei que ele estava perguntando a hora", disse torcedor que denunciou racismo

Um dos torcedores envolvidos no caso de preconceito no Castelão foi entrevistado pelo Imirante Esporte

Thiago Bastos / Imirante Esporte

Atualizada em 12/10/2022 às 14h42
Um dos torcedores envolvidos no caso de preconceito no Castelão foi entrevistado pelo Imirante Esporte (Divulgação @DTorcidas)

SÃO LUÍS - Um dos torcedores que registrou Boletim de Ocorrência acusando um dirigente da Chapecoense (SC) identificado como Nei Maidana em documento obtido pelo Imirante Esporte de forma exclusiva falou sobre o que aconteceu após a partida entre Sampaio e o time catarinense pela Série B do Brasileiro na noite desta terça-feira, dia 11.

Ascânio dos Santos afirmou que o fato ocorreu na saída dos jogadores, diretores e comissão técnica. “Após finalizar o jogo, fiquei próximo à saída do vestiário do visitante, onde uma das organizadas fica no Estádio. Tinha um grupo de torcedores do Sampaio e predominantes negros, uns 10 ou 12. Quando o time da Chapecoense começou a sair, começamos a curtir dizendo que iam ser rebaixados, como já fizemos com outros times. Um dos dirigentes fez um sinal que, a princípio parecia que estava perguntando sobre a hora. Depois, quando o dirigente começou a passar o dedo na pele, percebi que era ofensa racial”, disse Ascanio dos Santos, um dos torcedores que relataram o caso de racismo.

Depois do fato, o comunicante informou que o caso foi repassado à Polícia Militar no estádio. “Quando isso aconteceu, saí correndo. E procurei alguns policiais. Disse o que tinha acontecido e fui questionado se tinha filmagem. Aleguei que várias pessoas haviam visto a cena. Inclusive um funcionário do estádio alegou aos policiais que vi. No entanto, os policiais informaram que não poderiam conduzir o dirigente pois não tinha imagens”, disse.

O argumento dos policiais militares, ainda de acordo com o comunicante, foi desmentido na delegacia. “O delegado de plantão disse que bastavam duas ou mais testemunhas alegarem o fato para conduzir o acusado”, disse Ascanio.

De acordo com a súmula do árbitro de campo do jogo Sampaio e Chapecoense, Anderson Daronco, “nada houve de anormal” na partida. 

 

 

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