Jiu-jítsu

'Cinquentão' vira faixa preta e se torna exemplo no esporte

Aos 58 anos, Palmiro Viana Lages Filho, atleta da MK3, conquistou a faixa preta de jiu-jítsu.

Gabriel Mendes/O Estado

Atualizada em 27/03/2022 às 12h24

SÃO LUÍS - Um exemplo para os jovens atletas que praticam o jiu-jítsu no Maranhão. Palmiro Viana Lages Filho, publicitário, recebeu, aos 58 anos de idade, a faixa preta da modalidade na academia MK3 na última sexta-feira (9). O atleta nunca participou de nenhuma competição em dezoito anos de prática esportiva, porém, é extremamente dedicado aos treinos e espelho para todos que treinam e admiram seu empenho. O atleta prova que não há idade para praticar um esporte e que mesmo beirando a melhor idade, ainda consegue ter um ótimo rendimento.

O atleta foi graduado pelo bicampeão mundial e também faixa preta Luís Danúbio, da Federação de Brasília, que esteve em São Luís para ministrar um seminário. A faixa preta foi resultado de todo um esforço e a realização de um sonho para o atleta.

“O sonho de todo atleta das artes marciais é chegar à faixa preta e eu consegui. Isso mostra que o pessoal de 35, 40 anos que não pratica esportes e fica sentado em casa assistindo novela, deveria fazer algum exercício. Tenho porte atlético e luto todos os dias. Não fico encostado nos treinos não”, declarou Palmiro.

Palmiro Viana é cumprimentado por Luís Danúbio após graduação e recebimento da faixa preta de jiu-jítsu. (Foto: Divulgação)

Apesar da idade, o agora faixa preta ainda é motivo de inspiração para jovens atletas que praticam o jiu-jítsu na mesma academia que Palmiro. Com 58 anos, o atleta comumente finaliza jovens atletas usando a vantagem da experiência no tatame.

“Os jovens atletas dizem que querem chegar na minha idade como eu. Eles, principalmente, os faixas brancas, acreditam que utilizando da força vão conseguir me finalizar. Eu uso a minha experiência e as técnicas do jiu-jítsu e sempre estou lutando nos treinos”.

A maior vontade do atleta é passar todo o conhecimento adquirido para formar grandes atletas maranhenses no intuito de tornar o Estado ainda mais forte na modalidade e se tornar uma grande potência nacional.

“Tenho vontade de ensinar, de passar o conhecimento adiante, para frente. Além disso, tenho a minha experiência que pode ser útil também. Pratico esporte por questão de saúde e tenho vontade de formar outros atletas”.

Antes do jiu-jítsu, Palmiro já praticou outras artes marciais como o judô, o caratê e o boxe. Em constante atividade, o faixa caminha para se tornar, mesmo que um pouco tarde, um ícone e inspiração para esporte maranhense.

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