Seleção brasileira

Seleção enfrenta o Paraguai após vexame

Globoesporte

Atualizada em 27/03/2022 às 13h35

ASSUNÇÃO - Depois da histórica derrota para a Venezuela, a seleção brasileira entra em campo, neste domingo, para enfrentar o Paraguai e provar que tudo não passou de um imprevisto. Após alguns dias de explicações durante a preparação em Teresópolis, a equipe comandada por Dunga terá uma difícil missão contra o líder das eliminatórias. Os paraguaios estão invictos e animados para a partida das 16h (horário de Brasília), no estádio Defensores del Chaco. O duelo será transmitido ao vivo pela TV Globo a partir das 16h (de Brasília).

Porém, mais do que isso, o Brasil não pode pensar em perder sob o risco de entrar em crise. Com oito pontos, a equipe foi ultrapassada pela Colômbia, com nove, na classificação das eliminatórias. Em quarto lugar, a seleção está apenas um ponto à frente da Venezuela. Para complicar, o time enfrenta a Argentina, seu maior rival, na próxima quarta-feira, em Belo Horizonte.

Confira a classificação das eliminatórias sul-americanas

Não chega a ser Robinho e mais 10. Mas sem Ronaldinho Gaúcho e Kaká, o atacante do Real Madrid é "o cara" da seleção. E ele sabe que um novo tropeço neste domingo vai aumentar muito a pressão em cima da seleção para a partida contra a Argentina, no Mineirão.

- O Brasil tem a obrigação de vencer sempre. Sei que a minha responsabilidade é grande. Como é também a de todos os outros jogadores. Estou bem preparado. Espero ajudar muito o Brasil nesses dois jogos - disse Robinho, que alegrou o último treino da seleção antes da partida deste domingo (confira no vídeo acima).

Símbolo da seleção de Dunga, Robinho terá a companhia de Luis Fabiano no ataque. O goleador do Sevilla está confiante em uma boa atuação.

- Para ser o camisa 9 da seleção não há outra alternativa. Você precisa fazer gols. Não importa se o jogo é no Brasil ou fora.

Dunga vai escalar três jogadores baixos no meio-campo: Mineiro (1,69m), Josué (1,69m) e Diego (1,72m). O treinador quer ganhar rapidez e mais movimentação no meio-campo. Mas corre risco com a bola alta paraguaia. Dos nove gols que a equipe fez nas eliminatórias, cinco foram nas jogadas aéreas.

- Sabemos da força deles nas bolas altas. Temos que ter o cuidado para não fazer faltas bobas perto da área - disse o goleiro Julio César.

Há três anos a seleção brasileira não vence uma partida das eliminatórias fora de casa. Mas o retrospecto em Assunção é muito bom. Em seis jogos, foram quatro vitórias, um empate e só uma derrota. Todos os 36 mil ingressos para a partida foram vendidos. Para evitar confusões, a Polícia paraguaia proibiu a entrada no estádio de torcedores com camisas diferentes das equipes envolvidas na partida. Cerca de 2.500 policiais vão ser deslocados para o jogo.

Paraguai terá três atacantes. Entre eles, o carrasco Cabañas

Não é só o Brasil que vem de resultados ruins. O Paraguai também não começou bem a temporada de 2008. Em cinco jogos este ano, a seleção ainda não venceu. Pior, o time só fez um gol em 450 minutos. Por isso, o técnico Gerardo Martino resolveu escalar três atacantes: Roque Santa Cruz, Haedo e Cabañas. Os paraguaios somam duas derrotas e três empates nos amistosos realizados em 2008: Honduras (0 a 2); África do Sul (0 a 3); Costa do Marfim (1 a 1); Japão (0 a 0) e França (0 a 0).

- O Paraguai hoje é um time muito mais ofensivo do que aquela seleção de quatro ou oito anos atrás, que foi bem em Copas, e tinha os melhores jogadores na defesa como Chilavert, Gamarra e Ayala. Agora, os melhores estão no ataque - disse Juan.

Apesar disso, o otimismo que tomou conta de Assunção. Mas Gerardo Martino prefere adotar um discurso diplomático ao responder se o Paraguai seria o favorito para a partida por ter a liderança invicta nas eliminatórias.

- É certo que o Paraguai está na ponta da classificação, mas é o Brasil que tem as cartas - disse o treinador citando que a seleção brasileira tem cinco títulos mundiais e venceu a última Copa América. - Enquanto nós não conseguirmos um título, o Brasil é o favorito - completou.

Consciente da ameaça do elenco brasileiro, Martino não deve fazer mudanças táticas. Entrará em campo com o tradicional 4-3-3, para atacar com seu temível trio - Cabañas, Santa Cruz e Haedo -, mas sem descuidar da retaguarda para evitar o contra-ataque.

Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais X, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.