Brasil deve assumir que é favorito para a Copa de 2006, diz Parreira

Atualizada em 27/03/2022 às 14h43

BRASÍLIA - Não basta para a seleção brasileira de futebol assumir que é favorita para a Copa do Mundo de 2006. Tem também que jogar como favorita, sustentou nesta terça-feira o treinador da seleção pentacampeã mundial, Carlos Alberto Parreira.

"Depois de muitos anos, o Brasil chegará a uma Copa do Mundo, a de 2006, na condição de favorito. Eu penso que se deve dizer: Somos os favoritos, sim. Vamos ganhar, sim'", garantiu o técnico brasileiro.

Parreira reagiu assim a um comentário formulado por Pelé, segundo o qual a final da Copa do Mundo de 2006 será novamente entre Brasil e Alemanha, como no Mundial da Coréia do Sul e do Japão.

"Eu me lembro que a seleção de 1970 era muito criticada. Mudaram de treinador pouco antes (Mário Zagallo substituiu João Saldanha), e, no entanto, todos nós sabemos o que ocorreu", disse Parreira, que era preparador físico daquele lendário selecionado.

"Aconteceu o mesmo em 1994, ninguém acreditava na seleção e fomos campeões mundiais. Repetiu-se em 2002, quando a seleção estava no descrédito total até o último jogo das eliminatórias. E foi, sem dúvida, a melhor seleção do mundial", disse.

Com Parreira como treinador, o Brasil só se classificou para a Copa do Mundo de 1994 na última partida das eliminatórias sul-americanas, vencendo por 2-0 o forte time do Uruguai no estádio do Maracanã, com dois gols de Romário.

Na Copa de 2002, sob o comando de Luiz Felipe Scolari, o Brasil conseguiu sua classificação no último jogo eliminatório, com uma vitória sobre a frágil seleção da Venezuela.

Nos dois casos, o Brasil acabou trazendo para casa o troféu de campeão do mundo. Em compensação nas copas de 1974 e 1998, Brasil, era franco favorito e voltou com as mãos vazias.

Por isso, para treinador brasileiro, a seleção brasileira "tem que mudar isso, tem que romper esse tabu. Deve chegar a uma copa do mundo como favorita e ganhá-la".

No entanto, reconheceu que "ser favorito não é tudo. É necessário também jogar como favorito, em campo, mostrando que possui personalidade para isso".

Parreira acrescentou, com um gesto de resignação, que esse é o destino da seleção brasileira. "É sempre assim. Quando a seleção não ganha um campeonato é um desastre, mas quando sai campeã apenas é o que se espera dela. E temos que atuar em campo como se espera que joguemos", concluiu Parreira.

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