SÃO PAULO - Um dia após sofrer críticas de Thomas Bach, presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), a respeito do tempo em que divulgou o relatório McLaren, a Agência Mundial Antidoping (Wada) publicou um comunicado oficial em seu site, esclarecendo as circunstâncias do ocorrido.
Bach havia criticado que o “timing” da publicação do relatório não era de responsabilidade do Comitê. Para o presidente, a demora da entidade atrapalhou a programação das federações esportivas ao redor do mundo.
“A Wada compreende que o tempo de divulgação do Relatório McLaren desestabilizou um grande número de organizações que se preparavam para as Olimpíadas e Paralimpíadas do Rio. Porém, esclarecemos que a Agência agiu imediatamente sobre as alegações relacionadas à Rússia quando corroborou provas e o poder de fazê-lo abaixo do Código Antidoping”, afirmou o comunicado.
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O presidente da entidade, Craig Reedie, afirmou que foi apenas com as publicações do CBS 60 Minutes e do New York Times, no início de maio, que a Wada passou a ter evidências concretas que sugeriam o envolvimento estatal russo na manipulação do controle de doping. “Assim que recebeu, passou a investigar imediatamente”, disse Reedie.
“A decisão foi endossada pelo Comitê Executivo e o dos Atletas da Wada. É necessário informar que o Dr. Rodchenkov (ex-diretor do Centro Antidoping Russo) foi ouvido várias vezes em 2015, mas nunca deu as informações que revelou para o New York Times em maio de 2016”, informou o comunicado. “Esta informação foi corroborada subsequentemente pela Investigação McLaren, que também revelou uma implicação ainda maior do laboratório russo”, finalizou.
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