Itália tenta superar Ucrânia, a "intrusa" das quartas

Agência Estado

Atualizada em 27/03/2022 às 14h20

HAMBURGO, Alemanha - A última zebra que resta numa Copa de poucas surpresas é o obstáculo que separa a Itália do sonhado objetivo de garantir presença entre os quatro melhores times da competição. Às 16 horas (de Brasília), a seleção dirigida por Marcello Lippi jogará em Hamburgo contra a Ucrânia, que foi massacrada pela Espanha na estréia (4 a 0) e depois avançou enfrentando adversários de baixíssimo nível técnico - Arábia Saudita, Tunísia e Suíça. O ganhador do confronto disputará uma vaga na final com o vencedor de Alemanha e Argentina.

Como já era esperado, o técnico italiano mais uma vez mexerá na escalação e no esquema tático. Se contra a Austrália apostou em três atacantes, com Gilardino, Toni e Del Piero, desta vez serão apenas dois: Toni e Totti. Inzaghi, que estava cotado para começar jogando, fica no banco como primeira opção para o ataque. E Camoranesi entra no meio-de-campo para avançar pela direita e fazer cruzamentos para Toni - essa missão será de Perrotta pelo lado esquerdo.

Normalmente muito misterioso, Lippi deu nesta quinta-feira uma dica clara de que Totti volta no lugar de Del Piero e que Toni será mantido, embora ainda não tenha feito gol na Copa. “O que me deixa otimista é que alguns jogadores importantes estão subindo de produção. Totti ganhou muito ânimo depois do gol de pênalti que fez no último minuto contra a Austrália e Toni esteve muito ativo naquela partida, apenas com um pouco de azar nas conclusões.”

Lippi voltou ao seu discurso habitual na hora de analisar a Ucrânia. Na falta de uma virtude mais interessante para ser destacada, ele colocou os ucranianos no mesmo saco em que havia colocado norte-americanos e australianos - o do “time forte fisicamente e bem organizado”. Ter bom preparo físico, jogadores corpulentos e saber se defender virou algo a ser exaltado, quando o que o torcedor gosta mesmo de ver é um time técnico e com jogadores criativos.

O treinador considerou “fantástico” o desempenho da Ucrânia nas Eliminatórias - foi o primeiro time europeu a garantir vaga no campo - e “muito positiva” a maneira como o time conseguiu se reerguer depois da surra que levou da Espanha na estréia. Por fim, em seu rosário de elogios a um adversário medíocre, disse que a Ucrânia não tem apenas Shevchenko.

Assim como seus jogadores, Lippi também anda incomodado com as lambadas que a Itália tem recebido dos jornais alemães por seu jogo pragmático e pouco atraente. “Antes da Copa, todos diziam que a Itália era ofensiva, que tinha um novo estilo de jogar. Agora, por causa de duas ou três partidas em que tivemos que conviver com problemas físicos, contusões e expulsões, viramos o pior time do mundo.” Certamente não é o pior do mundo, mas terá pela frente o pior dos oito times que restam na Copa. E uma imensa obrigação de vencer.

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