STJD Mantém Mudança de Datas da Copa do Brasil: A Polêmica que dividiu o Futebol Brasileiro

O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) frustrou os planos de Vasco e Corinthians ao decidir manter as novas datas das semifinais da Copa do Brasil 2024. A mudança, proposta pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF), foi realizada para atender aos pedidos de Flamengo e Atlético-MG, que solicitaram a alteração devido ao retorno de seus jogadores convocados para a Data FIFA. O julgamento no STJD, realizado em 11 de outubro, resultou na unanimidade dos votos (9 a 0), em favor da manutenção do novo cronograma estabelecido pela CBF, contrariando os dois clubes paulistas. O caso gerou uma grande discussão sobre o impacto dessa decisão no equilíbrio da competição.

Os jogos de ida das semifinais da Copa do Brasil já foram disputados, e tanto Vasco quanto Corinthians estão em situação delicada. O Vasco foi derrotado por 2 a 1 pelo Atlético-MG na Arena MRV, enquanto o Corinthians perdeu por 1 a 0 para o Flamengo no Maracanã. Com essas derrotas, as duas equipes terão que buscar reverter o placar nos jogos de volta, marcados para os dias 19 e 20 de outubro, um prato cheio para quem gosta de apostar. Se for apostar em futebol, não esqueça de usar o cupom KTO. O confronto entre Vasco e Atlético-MG será realizado em São Januário, e o embate entre Corinthians e Flamengo acontecerá na Neo Química Arena.

A decisão de alterar as datas gerou insatisfação por parte de Vasco e Corinthians, que alegaram que a mudança beneficia diretamente Flamengo e Atlético-MG, ambos afetados pela convocação de jogadores para as seleções nacionais. A CBF justificou a alteração como uma forma de evitar que esses times fossem prejudicados pela Data FIFA, enquanto os clubes paulistas argumentaram que o regulamento não garante o direito de mudança das partidas nessas condições. Mesmo com a decisão do STJD, a polêmica continua a reverberar nos bastidores do futebol brasileiro, reacendendo o debate sobre a influência das convocações no calendário doméstico.

Entenda a Mudança

Originalmente, os jogos de volta das semifinais estavam programados para os dias 16 e 17 de outubro, logo após o término da Data FIFA. No entanto, a CBF decidiu acatar os pedidos de Flamengo e Atlético-MG, que solicitaram mais tempo para recuperar os jogadores convocados por suas seleções, incluindo o retorno de partidas internacionais. A nova decisão remarcou as partidas para os dias 19 e 20 de outubro. No caso, o Vasco enfrentará o Atlético-MG em São Januário no dia 19, enquanto Corinthians e Flamengo medirão forças no dia 20, na Neo Química Arena.

Essa alteração também inverteu as datas com a 30ª rodada do Campeonato Brasileiro, que foi antecipada para o meio da semana, provocando descontentamento em Vasco e Corinthians. Os dois clubes alegaram que a mudança favorecia seus rivais e que a CBF não poderia alterar as datas sem o consentimento dos mandantes das partidas, baseando-se nos artigos 11 e 13 do Regulamento Geral de Competições (RGC). Além disso, Corinthians e Vasco citaram a Lei Geral do Esporte, que, segundo eles, também teria sido desrespeitada.

A Defesa de Flamengo e Atlético-MG

Flamengo e Atlético-MG justificaram o pedido de alteração com base no grande número de jogadores convocados para a Data FIFA. O Flamengo teve sete atletas chamados: Fabrício Bruno, Gerson (Brasil), De La Cruz, Arrascaeta, Varela (Uruguai), Pulgar (Chile) e Gonzalo Plata (Equador). O Atlético-MG também cedeu três jogadores: Junior Alonso (Paraguai), Alan Franco (Equador) e Eduardo Vargas (Chile). Com a Data FIFA se encerrando no dia 15 de outubro, Flamengo e Atlético teriam menos de 48 horas para contar com os atletas convocados, caso os jogos das semifinais fossem mantidos nas datas originais.

Outro fator relevante para o Atlético-MG foi a proximidade das partidas. Além de enfrentar o Vasco pela Copa do Brasil, o clube mineiro tem compromisso com o Fortaleza pelo Campeonato Brasileiro no dia 16 de outubro e, logo em seguida, disputará a semifinal da Copa Libertadores contra o River Plate no dia 22. Sem a mudança, o time mineiro enfrentaria a maratona de três jogos em três cidades diferentes em menos de uma semana.

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A Decisão do STJD

No julgamento do caso, o relator Maxwell Vieira argumentou que não houve prejuízo para Vasco e Corinthians com a mudança e que a CBF tem autonomia para definir o calendário do futebol brasileiro. Vieira ressaltou que o regulamento prevê a prerrogativa da CBF de alterar as datas por iniciativa própria, independentemente da anuência dos clubes. Todos os auditores presentes no Pleno do STJD seguiram o voto do relator, mantendo as datas estabelecidas pela CBF.

Corinthians e Vasco alegaram que a decisão beneficiava diretamente seus adversários, insinuando que Flamengo e Atlético-MG estariam tentando evitar jogar desfalcados. O Vasco, inclusive, lembrou que nas quartas de final da Copa do Brasil enfrentou o Athletico-PR logo após uma Data FIFA, com jogadores como Puma Rodríguez (Uruguai) e Jean David (Chile) precisando de uma logística especial para se juntarem à equipe a tempo da partida.

A Reação dos Clubes

Após a decisão desfavorável no STJD, o Corinthians decidiu não recorrer à Justiça comum. Embora o Vasco tenha considerado essa possibilidade inicialmente, a ausência de apoio do clube paulista e a falta de tempo para uma decisão prática inviabilizaram a continuidade da ação. Mesmo com o revés, o Vasco considerou que marcou posição e se impôs contra a CBF, algo visto como positivo nos bastidores do clube.

Flamengo e Atlético-MG, por outro lado, se viram aliviados com a decisão. O Flamengo, com um número significativo de convocados, poderá contar com seus jogadores em condições mais favoráveis para a partida decisiva. O Atlético-MG também evitou um desgaste físico excessivo antes de compromissos cruciais no calendário.

O caso envolvendo a mudança de datas das semifinais da Copa do Brasil evidencia a complexidade do calendário do futebol brasileiro e as tensões entre os clubes, CBF e STJD. A decisão de manter as novas datas, apesar das reclamações de Vasco e Corinthians, reforçou a autonomia da CBF na gestão do calendário, mas deixou em aberto o debate sobre como as mudanças afetam a isonomia das competições, especialmente em momentos críticos da temporada.

 

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