Esporte

Em carta, Carlos Arthur Nuzman pede afastamento da presidência do COB

O dirigente é acusado de envolvimento em suposto esquema de compra de votos no COI.

Akemi Nitahara / Agência Brasil

Atualizada em 27/03/2022 às 11h21
(Francisco Medeiros / ME)

RIO DE JANEIRO - O presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), Carlos Arthur Nuzman, pediu o afastamento do cargo. Ele foi preso provisoriamente na quinta-feira (5), acusado de envolvimento num suposto esquema de compra de votos no Comitê Olímpico Internacional (COI) para a escolha do Rio de Janeiro como sede dos Jogos Olímpicos 2016.

O pedido foi confirmado na tarde de hoje (7) pelo COB, em nota no site da entidade, e também pela assessoria de imprensa da defesa de Nuzman. A carta assinada pelo presidente traz a data de ontem (6). O comunicado será analisado em assembleia geral extraordinária do comitê, marcada para a próxima quarta-feira (11), às 14h30, na sede da entidade, no Rio de Janeiro.

Na carta, Nuzman diz que não pode deixar que as investigações sobre ele atinjam o “esporte olímpico brasileiro, seus dirigentes e, especialmente, os atletas”. O presidente do COB diz que as acusações contra ele são injustas e que defenderá sua honra e provará sua inocência perante o Judiciário, os desportistas do mundo inteiro, aqueles que o acusam e “outros que se omitem” e os dirigentes do esporte olímpico mundial.

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“Para exercer em sua plenitude o meu direito de defesa, até agora violado, afasto-me, a partir desta data, dos cargos de presidente do Comitê Olímpico Brasileiro e de membro nato da Assembleia Geral do Comitê Olímpico Brasileiro. Afasto-me, também, do cargo de presidente do Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos Rio 2016”.

Ele termina a carta informando que o afastamento será “pelo tempo que se fizer necessário” para a “completa, inquestionável, exoneração de qualquer responsabilidade pela prática dos atos que, indevida e injustamente” são a ele imputados. “Somente assim, entendo, poderei dedicar-me ao sagrado direito de defesa, trazendo a necessária tranquilidade para a correta administração do esporte olímpico brasileiro e, logicamente, não interferindo no aperfeiçoamento e desenvolvimento de seus atletas”.

Ontem, o Comitê Olímpico Internacional (COI) suspendeu o COB e Nuzman provisoriamente de suas atividades junto à entidade internacional e os advogados de defesa pediram que ele seja solto.

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