Rio 2016

Scheidt: carregar a bandeira na abertura será honra indescritível

Porta-bandeira do Brasil na Rio 2016 está sendo escolhido em votação popular.

Agência Brasil

Atualizada em 27/03/2022 às 11h30
Em 2008, nos Jogos de Pequim, Scheidt carregou a bandeira brasileira. (Roberto Castro/ME/ Brasil 2016)

RIO DE JANEIRO - Entrar no Maracanã lotado, na cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos Rio 2016, carregando a bandeira brasileira, será "uma honra indescritível", afirmou hoje (28) o velejador Robert Scheidt, ao comentar a possibilidade de voltar a ser porta-bandeira do Time Brasil no próximo dia 5, quando começa oficialmente a competição. Em 2008, nos Jogos de Pequim, Scheidt carregou a bandeira brasileira.

RIO DE JANEIRO - Na Rio 2016, o porta-bandeira da delegação brasileira está sendo escolhido em votação popular entre três atletas: o líbero de seleção brasileira de vôlei Serginho, que obteve uma medalha de ouro em Atenas, em 2004, e duas de prata, em Pequim e em Londres (2012), Yane Marques, medalha de bronze no pentatlo moderno, em Londres, e Robert Scheidt. O velejador, que vai disputar a sexta olimpíada, é o atleta brasileiro que mais obteve medalhas nesse tipo de competição: duas de ouro, duas de prata e uma de bronze. Em seguida, vem o também velejador Torben Grael, que conquistou duas medalhas de ouro, uma de prata e duas de bronze.

Sobre a possibilidade de novamente levar a bandeira, Scheidt disse que estar à frente do Time Brasil, formado por 465 atletas, seria uma honra muito grande. "É um momento mágico para qualquer atleta entrar com o bandeira de seu país em uma olimpíada, principalmente quando é disputada em sua casa. Uma emoção indescritível. Se não não for escolhido, estarei lá do mesmo jeito, ainda mais que esta seja, provavelmente, minha última olimpíada”, afirmou Scheidt, que está com 42 anos.

Se Scheidt for o escolhido, dividirá a honra com a mulher, a velejadora Gintare Scheidt, porta-bandeira da Lituânia, seu país de origem. “Será muito legal se isso acontecer, se nós dois formos escolhidos”, disse o brasileiro.

Scheidt ressaltou que trabalhou para conquistar mais uma medalha olímpica, embora saiba que a concorrência será grande. O atleta lembrou que será a primeira vez que não vai entrar em uma disputa olímpica como um dos favoritos ao ouro. "Estar em meu país, em uma raia em que treino, me dá concorrência, mas os outros também vem treinando aqui", enfatizou. “Aqui vai ser uma olimpíada bastante diferenciada, porque as condições de raias e de ventos são muito diferentes: velejar dentro da baía, perto do Pão de Açúcar, ou na ponte ou ainda fora da baía - são situações que variam muito, e o velejador vai ter que ser muito versátil para ter constância em todas as provas, e esta versatilidade será fundamental para que se chegue ao pódio ou não.”

Acendimento da pira

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Questionado sobre a possibilidade de Sheidt vir a ultrapassá-lo em número de medalhas, tornando-se o maior iatista brasileiro na história dos Jogos, o velejador Torben Grael respondeu: "O Robert já é o atleta mais laureado do Brasil. Embora tenha o mesmo número de medalhar que eu, ele tem duas pratas, ou seja uma a mais – uma vez que duas das cinco medalhas que ganhei são de bronze.”

Torben Grael é o mais cotado para acender a pira olímpica na cerimônia de abertura dos Jogos. “Ninguém ainda me procurou para falar a respeito. Então, é melhor esperar, mas claro que seria uma honra vivenciar um momento tão especial.” Sobre problemas de organização apontados pela imprensa, Torben disse que "não é uma primazia do Brasil ter problemas no início de uma competição desta magnitude. Aconteceu em outros lugares também. A diferença é que agora a mídia brasileira está em cima, enquanto lá fora, quando estávamos apenas competindo, estava muito mais focada no esporte em si”.

Sobre as condições das raias da Baía de Guanabara, onde se será disputada a competição de vela, o velejador admitiu que ainda exitem problemas, embora as condições sejam melhores nesta época do ano. “As condições da Bahia de Guanabara, as condições de lixo e água são melhores nesta época do ano, mas as condições [do ponto de vista do saneamento e do lixo] não mudaram nada – a exceção foi o cinturão formado na Marina da Glória, onde havia uma boca de esgoto. Mas, se chover, o esgoto vai jorrar da mesma maneira.”

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