Mundial de Basquete

Bauru tira diferença de 17 pontos e vence o Real Madrid

A equipe do interior paulista está perto de conquistar o título mundial de basquete.

Gazeta Esportiva

Atualizada em 27/03/2022 às 11h39
(Gaspar Nóbrega / FIBA Americas)

SÃO PAULO - Muita raça, uma defesa estruturada e o apoio da torcida. Foram esses os ingredientes que levaram o Bauru a recuperar uma diferença de 17 pontos contra o poderoso Real Madrid, buscar a virada a quatro segundos do fim e bater os tetracampeões mundiais por uma diferença de um ponto no duelo inicial do Mundial de Clubes, no ginásio do Ibirapuera.

Diante de nomes como Oscar Schmidt, Hortência e Magic Paula, os brasileiros mantiveram o ritmo acirrado no inícioa, mas sofreram com o entrosamento dos adversários e ficaram muito atrás no marcador. Na parcial final, porém, mas as bolas de três de Hettsheimer, a garra de Alex e a velocidade de Léo Meindl lideraram o Dragão da Cidade Sem Limites rumo ao triunfo por 91 a 90.

O resultado deixa os comandados de Guerrinha a uma vitória do título mundial, conquistado apenas por Sírio (1979) e Flamengo (2014) no Brasil. A partida está marcada para domingo, às 12h (de Brasília), e o time de Bauru terá de manter o alto nível para frear o ímpedo madrileno.

Ciente da necessidade de cometer poucos erros para bater o alto nível técnico e o entrosamento dos adversários, o Bauru entrou forte e manteve um bom ritmo na primeira parcial. O Real Madrid saiu na frente nas bolas de dentro do garrafão, bem distribuídas por Sergio Llull. O Bauru respondia com as infiltradas do experiente Alex, e Jefferson Andrade foi o responsável por colocar os paulistas na liderança com uma bola certeira de três (11 a 8).

Líder também em rebotes e assistências, o capitão brasileiro passou a utilizar a técnica dos adversários e soltava a bola dentro do garrafão. Robert Day ampliou a vantagem (14 a 10). Llull sofreu falta e cesta e converteu o lance de bonificação, e na sequência, Jaycee Carroll aproveitou uma falha bauruense e recuperou a liderança (17 a 15).

Alex fez mais uma de três, mas a forte defesa brasileira logo estourou o número de faltas permitidas e o Real, superando as vaias no ginásio, tirou a diferença nos lances livres. Trabalhando a bola em velocidade, Llull colocou o Real na frente (22 a 19) após uma falha no rebote de Hettsheimer. No último ataque, Alex atravessou metade da quadra em dois segundos e chutou. A bola bateu no aro e saiu, causando um gemido nas arquibancadas.

Duas bolas de três de Llull esmagaram o Bauru na volta dos vestiários, abrindo a maior diferença até então (40 a 30). Hettsheimer, apagado até então, recebeu de Fischer embaixo da cesta e subiu para diminuir a diferença. Jefferson deu um air ball e Fernandez respondeu com mais uma de três, obrigando Guerrinha a parar o jogo (49 a 32). Day e Hettsheimer marcaram de três, mas Llull e Carrolll não deixaram barato e revidaram (57 a 40).

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Day recebeu de Alex no garrafão e sofreu uma falta de Fernandez, sendo substituído por Léo Meildn, que converteu apenas um dos lances (59 a 43). Sua entrada, porém, fez o Dragão da Cidade Sem Limites voltar para o jogo.

Demonstrando muita garra, Alex correu para o contra-ataque e encontrou Hettsheimer, mas Hernangomez deu um belo toco e evitou a cesta. Do outro lado da quadra, o ala correu para roubar a bola dos adversários, cometeu a quarta falta e foi para o banco. Fischer errou uma bandeja sozinho, e Meidl foi rápido para consertar o erro e empurrar a bola para dentro. Hettsheimer, de três, baixou a diferença para 13 pontos (61 a 48). Apesar do cansaço, os brasileiros entraram em quadra demonstrando muita raça na parcial final. Os madrilenos, por outro lado, cometiam muitos erros e não conseguiam passar da pesada marcação bauruense. Meidl abriu o placar com uma bola de curta distância e Gui, de três, colocou o Bauru a um ponto do Real Madrid (64 a 65) e levou o Ibirapuera à loucura.

O reserva de Day parou um contra-ataque de Llull de forma desleal e foi punido com uma falta técnica. Vaiado, o espanhol errou uma das cobranças. O Real fechou o garrafão e as bolas de fora funcionavam mais. Foi quando Meidl, de fora da linha de três, recolocou o Bauru na liderança a pouco menos de sete minutos do fim, mas Llull e Thompkins responderam (73 a 67).

Alex voltou para a quadra para dividir o estrelato com Meidl e Hettsheimer. O garoto converteu uma de curta distância e deu uma assistência para Hettsheimer fazer de três (75 a 72), enquanto o experiente ala encontrou Jefferson na zona morta e, na sequência, infiltrou para fazer a sua. Hettsheimer voltou a aparecer. Impararável, Hettshiemer meteu mais duas de três e deixou Bauru vivo no jogo (86 a 87).

Em nova tentativa de infiltração, Alex sofreu falta de Carroll e fez a cesta, para delírio da torcida, mas o juiz invalidou a jogada e mandou o atleta cobrar lances livres. Ele errou o segundo e Reyes aproveitou o contra-ataque. Na volta, a 22 segundos do fim, Alex acertou um gancho e deixou tudo igual (89 a 89). Com um ataque para definir o jogo, Laso pediu tempo.

Rodriguez segurou a bola e chamou a jogada, mas Jefferson derrubou Reyes e o árbitro mandou o pivô para a linha do lance. Ele errou o primeiro e converteu o segundo, e o Bauru teve sete segundos para se reorganizar. Alex cobrou lateral, Fischer infiltrou rápido e converteu a bandeja (91 a 90), obrigando Laso a parar novamente. Após jogada ensaiada, Llull chutou mal e o Bauru decretou o triunfo por 91 a 90.

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