Onze atletas cortaram o deserto super paradisíaco dos Lençóis Maranhenses, em uma ultramaratona neste sábado (18). Juntos, em espírito de companheirismo, eles participaram da 2ª Expedição Bee, percorrendo, inicialmente, 42 quilômetros, entre dunas e lagoas cristalinas, por vezes, tomadas por vegetação. No total, foram 60 quilômetros entre os municípios de Atins e Barreirinhas.
A largada da competição, promovida pela Bee Sports, ocorreu às 6h da manhã, na Ponta da Praia de Atins. O tempo chuvoso deixou a areia firme, o que, segundo alguns dos atletas, contribui no desempenho durante a corrida. Mas antes do meio-dia, o sol brilhou e chegou a ficar escaldante. A temperatura ultrapassou os 40 ºC. Porém, o ânimo e o vigor do grupo pareciam ser alimentados pela imensa maravilha e riqueza natural que o cercava.
Um dos objetivos da expedição é valorizar e preservar as belezas naturais do Estado. E, dessa vez, o local escolhido, foi o Parque dos Lençóis Maranhenses. Durante o trajeto, o diretor da Bee Sports e ultramaratonista, Anderson Nogueira, ressaltou este comprometimento. “A gente, também, tem encontrado muito lixo pelo meio do caminho e estamos recolhendo, porque essa, também, é nossa parcela de contribuição”, comentou.
Em minoria, mas não menos preparadas, três mulheres mostraram a garra feminina em mais esta trail run (corrida de trilha), uma modalidade bastante selvagem e que exige muita habilidade. No entanto, a equipe demonstrou uma força só, partindo da união e do respeito entre cada atleta. “Nós vamos vencer mais uma vez e fazer nossa ultramaratona do começo do ano. Se Deus quiser, tudo vai sair muito bem como foi planejado”, completou Anderson.
Ao fim do trajeto pelos lençóis, restava ainda uma trilha de mais 18 quilômetros até o município de Barreirinhas. Lá, foram os ultramaratonistas completar mais uma expedição marcada por superação, auto astral e um cenário encantador.
Atleta norte-americano aproveita a Expedição Bee para conhecer os Lençóis Maranhenses
Os Lençóis Maranhenses foram, nada mais, nada menos, que o cenário da 2º Expedição Bee, etapa Atins, promovida pela Bee Sports, neste sábado (18). Onze ulltramaratonistas percorreram um total de 60km, passando, na maior parte da corrida, pelo parque com dunas e lagoas cristalinas.
Um dos participantes foi o analista de dados Jerom Lee Thurston, que veio de longe para encarar este desafio na modalidade trail run (corrida de trilha). Aos 43 anos, ele conta que coleciona paisagens fantásticas em sua memória e no currículo como maratonista.
“Já fiz maratonas em vários lugares do mundo, inclusive deserto, na neve, na trilha. Os Lençóis são um deserto diferente. É um deserto úmido. Fora a beleza. Eu sempre quis conhecer”, revela.
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Jarom compete desde os 25 anos, influenciado pelo pai. Ele nasceu no estado de Utah, nos Estados Unidos, e, há seis anos, veio morar no Brasil, na cidade de Teresina. Ele relatou que descobriu a expedição “quase por acidente”. Por meio do Facebook, entrou em contato com Anderson Nogueira, diretor da Bee Sports e maratonista. Após ficar por dentro de tudo, Jarom confirmou presença no evento e mostrou muita habilidade.
Segundo ele, tudo é fruto de muito treino e participação em provas com distâncias cada vez mais longas. O norte-americano tem, entre seus feitos, uma prova de mais de 200 km. Contudo, a expedição no Maranhão, também, já é marcante para ele. “É um lugar tão bonito que parece que você está sonhando o tempo inteiro. Já corri em lugares muito diferentes, muito bonitos também. Nada se compara com os Lençóis Maranhenses. Eu já tinha um sonho de conhecer, agora, conhecer correndo, fazendo um desafio desses, a pé, foi um sonho realizado”, finalizou.
Mulheres mostram firmeza e encaram a Expedição Bee nos Lençóis Maranhenses
Em sua segunda edição, a Expedição Bee propôs um desafio nos Lençóis Maranhenses, onde onze ultramaratonista tiveram de percorrer 60km, dos quais 42km foram pelo parque, debaixo de chuva e sol. A paisagem, entretanto, é um espetáculo a parte que tirou o fôlego dos atletas.
A maioria era homens, mas a mulherada deu um show à parte. Elas eram apenas três: Maria do Carmo Amorim, Jerciane Costa e Shirley Orivane. O trio encarou com garra o desafio na modalidade trail run (corrida de trilha) até o fim.
A paraense Shirley descreveu o que movia o grupo até ali para encarar um desafio que, para muitos, pode parecer insano. “Superação, companheirismo, todos juntos com o mesmo objetivo”, declara. “Chega um momento em que o corpo cansa, aí já entra a parte do psicológico. E acho que todo mundo junto, um dando força para o outro, ajuda a terminar o desafio”, completa.
Ao lado dela, Maria do Carmo, de 56 anos, deixou claro que o avanço da idade só aumentou seu entusiasmo pelo novo. “Entrei numa fase de me descobrir, de querer algo diferente”, afirma. Ela entrou na modalidade aos 40 anos, incentivada pelo esposo, e, com preparo físico e nutricional somado ao acompanhamento médico, ela, hoje, é idolatrada pelos dois filhos não só como mãe, mas também, como ultramaratonista. “Eles são fãs, torcem mesmo”, destaca.
Apesar das dificuldades, todas elas celebraram a vitória por terem completado mais um super desafio. O espírito é de desafiar-se realmente e viver mais uma experiência grandiosa. “É um lugar maravilhoso, acho que todo mundo que está aqui guarda essa lembrança sempre”, aponta Jerciane. “É único. Ninguém fez antes”, ressalta Shirley.
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