PH: 87 anos de Oneide Léda
E mais: A volta de O Iluminado
A volta de O Iluminado
Para comemorar os 45 anos da estreia de O Iluminado (The Shining, 1980), que foram completados em maio, a Warner Bros. vai relançar nos cinemas nesta quinta-feira (11) o clássico do terror baseado em um romance do escritor Stephen King e dirigido pelo genial Stanley Kubrick (1928-1999).
O Iluminado é um dos marcos da história do cinema, um filme a ser visto e revisto. E é também um dos mais notórios casos no debate sobre adaptações de obras literárias.
Basicamente, King, hoje com 78 anos, reclama da falta de fidelidade por parte de Kubrick, especialmente em relação ao protagonista. No livro, o aspirante a escritor Jack Torrance é um bom pai que, aos poucos, vai sucumbindo ao alcoolismo e ao isolamento no Overlook, um hotel assombrado nas montanhas do Colorado, nos EUA, onde ele vai trabalhar como zelador durante os cinco meses em que o lugar fica fechado por causa da neve.
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No filme, a bebida mal aparece, e desde os primeiros minutos o personagem interpretado por Jack Nicholson é detestável. Mas um detestável adorável, né? Somos capazes de decorar e repetir todas as suas falas e seus trejeitos enquanto começa a surtar e a ameaçar sua esposa e seu filho pequeno e sensitivo (daí o “iluminado” do título) – Wendy (Shelley Duvall, excelente no papel) e Danny (Danny Lloyd, em seu único trabalho de ator).
Conhecido por seu rigoroso perfeccionismo, o cineasta de 2001: Uma Odisseia no Espaço (1968) e Laranja Mecânica (1971) imprimiu em O Iluminado um clima de progressiva tensão psicológica que vai embaralhando realidade e alucinação.
A tela grande permite também apreciar elementos com os quais o diretor tinha um esmero de artesão, da cenografia à precisão dos movimentos de câmera, da trilha sonora às expressões dos atores, submetidos a repetições de tomadas por vezes excruciantes até obterem a aprovação de Kubrick.
DE RELANCE
Viver em áreas carentes
O IBGE acaba de demonstrar em números vários aspectos que explicitam as agruras de viver em favelas e comunidades urbanas.
Em todo o país, indicam os números do Censo Demográfico de 2022, cerca de 16,4 milhões de pessoas moravam nessas áreas, caracterizadas pela falta parcial ou completa de serviços públicos ou infraestrutura básica.
Era um contingente equivalente a 8,1% da população.
Com as conclusões, o levantamento tem o mérito de indicar as principais intervenções necessárias para propiciar condições de vida dignas nesses aglomerados.
Isso porque demonstra de forma individualizada as deficiências, em tópicos como transporte público, acessos, saneamento, iluminação, arborização e calçadas.
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As informações disponibilizadas são úteis para o poder público se planejar e atuar. A presença do Estado nas periferias é chave, por exemplo, para evitar que a criminalidade domine esses territórios.
A iluminação pública é outro aspecto que requer atenção. Em todo o país, 91% dos moradores de favelas, na média, dispõem de vias com luz.
Ter espaços públicos iluminados é sinônimo de mais segurança. Na arborização, a diferença dentro da Capital é abissal. Nas áreas mais pobres, somente 33% da população mora em ruas com árvores.
Um dos principais benefícios da arborização é tornar o clima mais ameno nos períodos escaldantes do ano.
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Contar com calçadas, algo que deveria ser trivial no ambiente urbano, também não é regra. No Estado, menos de 40% vive em trechos com passeio público.
Favelas, vilas e outras regiões desprovidas do básico são o resultado de uma urbanização acelerada e desordenada em décadas passadas, com a chegada de grandes contingentes em especial às capitais, em uma velocidade que o poder público não teve como acompanhar.
A consequência foi a proliferação de moradias precárias em áreas sem infraestrutura mínima.
Uma década de imagens
Aproveitei o fim de semana prolongado para mergulhar de corpo e alma no livro-documentário “TV UFMA – Uma década de imagens, um futuro de ideias”, de Cecília Leite, Pablo Monteiro, Rafael Batista e Asmynne Barbosa, editado para comemorar os 10 anos da emissora.
O livro, publicado com recursos culturais da Lei Rouanet, celebra a jornada bem-sucedida de uma emissora que inaugurou “uma nova era na comunicação pública maranhense e se consolidou como um canal de educação, informação, cultura e cidadania, com o selo da UFMA”.
Em suas páginas estão o percurso e a evolução da emissora, os desafios da mídia pública no cenário digital e sua contribuição para a sociedade.
Reciclagem e dignidade
São Luís, como outras tantas cidades brasileiras, enfrenta um gravíssimo problema ambiental e humanitário, qual seja o de uma verdadeira legião de homens e mulheres vasculhando o lixo em busca de materiais recicláveis, sujeitos a toda sorte de doenças e acidentes.
Uma solução, talvez, seria a organização desses “catadores” em pequenas usinas cooperativadas de reciclagem, possivelmente subsidiadas pelo poder público e pela indústria que se beneficia desse reaproveitamento.
O certo é que deve haver um esforço conjunto da sociedade em conferir dignidade a esses excluídos do mercado formal de trabalho.
Sem perder a ternura
Ídolo de 10 em cada 10 revolucionários no mundo, o guerrilheiro argentino Che Guevara é apontado como autor de uma frase célebre: “É preciso endurecer, mas sem jamais perder a ternura”.
Pois me parece que esse dilema continua para a esquerda brasileira.
No caso específico, é hora de repensar conceitos sobre segurança pública, um tema em que os adversários de direita costumam levar ampla vantagem.
Para escrever na pedra:
“Existem coisas muito melhores no futuro do que as que deixamos no passado”. De L.S Lewis.
TRIVIAL VARIADO
Judiciário: O ministro Edson Fachin defende a criação de código para regrar conduta de membros de tribunais superiores. A iniciativa é inspirada na Suprema Corte da Alemanha. Debate ganhou força após revelação de viagem de Dias Toffoli com advogado que atua no caso Master.
Luto: O diretor regional do Senac, José Ahirton Batista Lopes, sofreu um duro golpe na tarde de segunda-feira, com o falecimento de seu pai, Paulo Batista Lopes, no UDI Hospital. O corpo está sendo velado na Casa de Velórios Pax União, na Rua Grande. E o sepultamento será na tarde de hoje.
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