SÃO LUÍS - Um projeto que começou em 2022 apenas em Belém, no Pará, vai desembarcar em outras cidades brasileiras. Durante o mês de junho, a capital do Maranhão, São Luís - reconhecida desde 1997 como Patrimônio Cultural Mundial pela Unesco - sediará a exposição “MIA - Passado, Presente e Futuros”, do Museu Itinerante da Amazônia. A abertura da mostra será no dia 4, às 19h, no Museu de Artes Visuais (MAV), na Rua Portugal, 273 – Praia Grande. A entrada é gratuita.
Viabilizado graças ao circuito Funarte de Artes Visuais Marcantônio Vilaça de 2023, o Museu Itinerante é uma iniciativa do Laboratório da Cidade, organização sem fins lucrativos com sede em Belém, no Pará. O Laboratório atua por cidades mais sustentáveis, democráticas e resilientes, valorizando os conhecimentos locais e a participação das comunidades na formulação de soluções para os desafios urbanos.
No ano da COP 30, no Brasil, o objetivo do MIA é promover uma reflexão crítica sobre como as cidades foram construídas, a atual situação à luz das mudanças no clima e o futuro desses aglomerados sob a ótica dos povos originários da Amazônia. A exposição - que começou por Manaus, no Amazonas – chega ao Maranhão na Semana do Meio Ambiente. E convida a população local a refletir sobre os impactos da crise climática nas cidades e como os saberes ancestrais podem inspirar soluções para uma convivência mais sustentável com o território. É uma experiência imersiva que une arte, ciência, tradição e arquitetura.
“O MIA procura usar a arte como diálogo para repensarmos nossas cidades, principalmente buscando aprender técnicas construtivas e respeitosas de viver com as particularidades de nossos biomas. E ninguém melhor do que os povos originários para nos ensinar. Poder chegar com essa exposição em mais uma cidade amazônica é ampliar ainda mais as possibilidades de construir cidades mais justas e adaptadas”, diz Jade Jares, coordenadora e curadora do projeto.
Depois de São Luís - que marca o início da presença do MIA na Região Nordeste - o Museu Itinerante da Amazônia seguirá para Brasília e Rio de Janeiro, ainda sem datas definidas. Em cada cidade, a mostra receberá adaptações conforme os desafios climáticos locais. Além disso, será adquirida uma obra de um artista da região, incorporada depois ao acervo do Laboratório da Cidade. No Maranhão, a artista escolhida é Gê Viana, que produz colagens e fotomontagens, analógicas e digitais, inspiradas em acontecimentos da vida familiar e do cotidiano.
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