RIO DE JANEIRO – Adrenalina à mil. Se em praticamente todos os dias houve quem abandonasse a Cidade do Rock antes da apresentação principal, no 4º dia de Rock In Rio, foi diferente. A dispersão costumeira não veio, pois muitos que ali estavam tinham um interesse em comum: assistir à aula de heavy metal do Metallica. O grupo, como bons professores, deram a lição direitinho, com a mesma essência e vitalidade que o grupo exerce há anos.
Com um vasto repertório nas mãos, boas e más fases do quarteto foram revisitadas. Mas a potência cavalar do grupo em cima do palco era garantida nos hinos. Iniciando com a devastadora “Kill The Lights”, a música soou como uma preparação para o coro garantido em “Master Of Puppets”, canção com mais de 25 anos de história.
A essa altura do campeonato, poucos já ligavam para o atraso de quase meia hora e pela exibição agonizante de “Ecstasy Of Gold”, de Ennio Morricone, que sempre abre os shows da banda. A sequência, com as canções “Holier Than Thou” e “The Day That Never Comes”, seguiu arrebatadora e vibrante entre os headbangers.
Impecáveis, James Hetfield, Kirk Hammett, Robert Trujillo e Lars Ulrich mostraram competência, sabendo dar luz a momentos díspares como “Wherever I May Roam” e a paulada de hinos de “One”, “...And Justice For All”, “Enter Sandman” e “Sad But True”, que tiveram seu vigor acentuados pelos fogos impactantes já clássicos do grupo.A certa altura do campeonato, algumas músicas já eram questionadas pelo público.
Principalmente, por quem, há dois anos, teve que amargurar o grupo deixar algumas canções mais recentes de fora (como “Fuel” e “St. Anger”) e outros hinos clássicos (“The Unforgiven”).Quando “Nothing Else Matters” e a já citada “Enter Sandman” pareciam ter ditado o fim de uma longa e boa jornada, alguns estranharam a pausa (muito provavelmente pelo cansaço de horas esperando apenas pelo grupo), mas outros deram voz à incredulidade e permaneceram imoveis, até os versos iniciais de “Creepin’Death” e encerrando, magistralmente, com a aniquiladora “Seek And Destroy”.
Tão bons quanto há dois anos, quando encerrava o Rock In Rio 2011, o Metallica provou que em time que se está ganhando, não se mexe. Mesmo sem lançar nada desde 2008 (desconsiderando o fracasso de vendas e de qualidade “Lulu”, feito em parceria com Lou Reed), a banda, ainda, soa como poucas: não importa a fase, eles no palco são indiscutíveis.
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