Literatura

Curacanga é relatada em livro que será lançado nesta quinta-feira

Personagem rico do folclore, Curacanga costuma aparecer na Baixada Maranhense.

Maurício Araya/Imirante

Atualizada em 27/03/2022 às 12h18
Em livro com mais de 60 crônicas, autor fala sobre diversos assuntos. Foto: Maurício Araya/Imirante.

SÃO LUÍS – Vai ser lançado, às 20h desta quinta-feira (23), no salão de artes da Assembleia Legislativa do Maranhão – Cohafuma, em São Luís –, o livro de crônicas Curacanga, do escritor, integrante da Academia Pinheirense de Letras, Artes e Ciências e cônsul honorário da França em São Luís, José Jorge Leite Soares. São mais de 60 crônicas, sobre os mais variados assuntos.

No livro, ele esclarece como surgiu o personagem. "Curacanga é um ente encantado que povoa o imaginário coletivo na região da Baixada Maranhense. Na realidade, é uma bola de fogo, que aparece nos campos, nos alagados, sobretudo no verão. Os cientistas dizem que é um fogo-fátuo. Os animais morrem, aquela carcaça fica em decomposição e, com o tempo, o gás metano produzido, dependendo das condições climáticas, entra em combustão espontânea. É fato, existe. No imaginário, no folclore dos antigos, eles levam para o lado do encantamento", disse José Jorge Leite Soares em entrevista à reportagem do Imirante na manhã desta quinta-feira. "Eu andei procurando no dicionário, realmente não há uma definição. Eu tentei, hipoteticamente, fazer uma descrição como se fosse um dicionário", completa.

O trabalho de elaboração do livro durou, aproximadamente, cinco anos. Curacanga contém crônicas sobre música, manifestações culturais, fatos políticos e festas populares. "Tem crônicas, normalmente, feitas em momentos. Tem crônicas que são sobre o Carnaval. Eu abordo o Carnaval em São Luís, em Olinda, no Rio de Janeiro, remetendo, sempre, a uma situação anterior, em outro lugar. São crônicas que são atuais, porque retrata um momento em que eu precisava fazer, mas sempre tem uma ligação com algo que aconteceu em outro lugar. Todas elas têm esse encadeamento", afirma.

'Curiosidade'

O autor diz que escolheu, para o título, o nome que desperta maior curiosidade do leitor, com algo típico do folclore maranhense. "No fundo, por meio de uma crônica bem humorada, eu conto o que é a Curacanga, como é que é. É o título de uma das crônicas. Ao invés de escrever o ‘Livro de contos’, eu pensei: vamos botar o título da crônica em si, um nome que desperta a curiosidade das pessoas. É uma palavra bonita. A gente resgata o folclore maranhense e faz o registro", explica.

Curacanga – 214 páginas, Editora Halley, R$ 30 – conta com a apresentação do escritor Mário Prata; do presidente da Academia Maranhense de Letras (AML), Benedito Buzar; e da professora e historiadora da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), Waldenira Barros; e 40 ilustrações feitas pelo próprio autor. O livro estará disponível nas livrarias Nobel.

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