Música

Rock In Rio retorna à Cidade do Rock em 2013

Em 2013, Festival terá público reduzido em 15 mil pessoas, ou seja, passará de 100 mil para 85 mil.

Pedro Sobrinho / Imirante.com

Atualizada em 27/03/2022 às 12h32

SÃO LUÍS - O Rock In Rio mostrou ser o evento da diversidade de sons e que em sete dias alternados de realização se legitimou como um evento democrático e concebido para agregar todas as tribos, mesmo que elas tenham de conviver em nichos isolados tendo em vista que, ainda, existem pessoas que não querem brilhar ou tentar entender que vivemos em uma sociedade plural.

Preferem cultivar a cultura do lado B, do isolamento, da segregação e, sempre, com o discurso que o bom é aquilo que ouve. É natural que cada um tenha livre arbítrio para escolher aquilo que lhe satisfaz, mas conviver com a diferença não é defeito, mas sim uma virtude para quem busca ser feliz por alguns instantes.

Enfim, em meio a essas turbulências que a vida propicia, o legal é saber que o festival aconteceu, com erros e acertos, essenciais para um festival de música de massa. O sonho de consumo dos Medinas mais uma vez se tornou realidade e um produto com sucesso.

E o Rock In Rio retornou ao Brasil e deixou bem claro que o seu habitat natural é o Rio de Janeiro, embora tenha hoje um perfil itinerante e cosmopolita.

Shows - Foram várias atrações e emoções. Alguns shows carismáticos, outros não. Artistas que abusaram dos covers, outros que apostaram no autoral. Faz parte da ciranda musical que envolve um festival.

Acompanhei alguns shows pelo canal Multishow e gostei bastante no Palco Mundo, da voz que não envelhece de Stevie Wonder, a adrenalina de Janelle Monae, Coldplay, Slipknot, Metallica, Lenny Kravitz e System Of a Down, Red Hot Chilli Peppers e o tributo a Renato Russo, com ressalvas para a alquimia entre o rock e a orquestra. No geral, foi emocionante gerações distintas se deliciarem com a obra antológica de Renato Russo & Cia. Esperava mais de Jamiroquai. Achei o show morno.

Embora não seja fissurado por axé music. Mas, como sou uma criatura heterogênea, não vejo como um pecado mortal tirar um pouquinho o pé do chão e me permitir a performance de quem faz o gênero musical criado em território baiano e virou mania nacional.

Assisti alguns trechos do show e gostei de Ivete Sangalo. Ela jogou no público aquilo que ela tem de melhor: o carisma, e fez aquilo que ela se dispôs a fazer: fazer a festa de quem foi em busca dela.

Alternância - No palco Sunset, destaque para o Baile de Simonal, capitaneado pelos irmãos Simoninha e Max de Castro, filhos do cara, além de Mike Patton, do Faith No More, acompanhado do Mondo Cane e a Orquestra de Heliópolis. Foi o show da subversão da ordem feita com qualidade e coerência. Não foi uma Ópera Bufa, mas sim uma Ópera Moderna reverenciando clássicos da música italiana.

Mudanças - Em meio à festa do último dia de Rock in Rio, foi anunciado na tarde deste domingo (2), na Cidade do Rock, a parceria entre prefeitura do Rio, patrocinadores e o organizador oficial do festival, Roberto Medina, para a realização do evento em setembro de 2013.

Segundo Medina, a próxima edição terá a capacidade máxima de público reduzida de 100 mil para 85 mil pessoas. "Isso será feito para que as pessoas possam transitar com mais conforto. Além disso, o impacto no trânsito e no abastecimento de comida é menor", afirmou.

A ideia do publicitário e idealizador do festival é criar novas opções de entretenimento na Cidade do Rock, como a Street Dance. "Vou fazer um pequeno palco perto do Sunset para cada apresentações de grupos de street dance norte-americanos. Inclusive já estou fazendo o cenário", adiantou Medina, que ainda não decidiu se o Rock in Rio terá seis ou sete dias de duração.

Musical - O projeto de "ampliação da plataforma da marca Rock in Rio", como definiu o próprio Medina, também passa pelo teatro, cinema e games. "Em setembro do ano que vem vamos lançar um musical sobre o Rock in Rio. Também estamos estudando games, em que o sujeito vai poder construir sua própria Cidade do Rock. Além disso, um longa-metragem está sendo filmado aqui. O filme contará a história de um caso de amor em 1985 e que recomeça nesta edição", comentou o empresário, que gostaria de levar o festival para mais um país latino-americano no ano que vem.

"Provavelmente será o México. Posteriormente, acho que os caminhos nos levarão para a Inglaterra e os Estados Unidos", ressaltou Medina.

A Marca - Durante a entrevista não foi divulgado um balanço do festival atual, mas uma coisa é garantida. O Rock In Rio é uma griffe, que virou uma festa de todas as tendências musicais e dá certo em qualquer lugar do mundo.

Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais X, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.