Carnaval

Maria Rita será madrinha do Bola Preta no carnaval

Espaço cedido só depende da assinatura de Sérgio Cabral.

G1 Rio, Aluizio Freire

Atualizada em 27/03/2022 às 13h23

São 90 anos de avenida contando a história de foliões que se descobriram no melhor ritmo do carnaval carioca. Depois de passar por momentos difíceis, o Cordão da Bola Preta, bloco mais tradicional do Rio, que ainda arrasta uma multidão de admiradores empolgados de todas as idades, promete que vai renascer das próprias cinzas.

Resistente como a Fênix, a agremiação mais popular do carnaval de rua não se abateu com o despejo, em janeiro do ano passado, do imóvel que ocupava o terceiro andar do edifício Municipal, na Avenida 13 de Maio, no Centro. Com uma nova sede à vista, o bloco comemora seu aniversário em grande estilo nesta terça-feira (20), às 19h30, no Vivo Rio, Aterro do Flamengo, Zona Sul do Rio.

Outra novidade é a cantora Maria Rita, que aceitou ser madrinha do Bola e prometeu esbanjar alegria no sábado de carnaval.

"Ela está muito orgulhosa com o convite. Ela disse que é como se tivesse recebido um certificado de qualidade de uma autêntica representante do samba carioca", disse seu empresário, Branco Gutierrez. A cantora ainda vai desfilar na Vai-Vai, em São Paulo, no mesmo dia, além de sair na Imperatriz Leopoldinense, no Rio, e depois seguir para o carnaval de Recife.

O presidente do Cordão da Bola Preta, Pedro Ernesto Marinho, que já conta com a presença da atriz Leandra Leal como porta-estandarte, está animado com o carinho do público e com o futuro do bloco.

"Queremos mostrar que não vamos ficar caídos a vida inteira por causa de um problema de gestão no passado. O Bola é maior do que isso e precisa se reerguer. A gente está reagindo. Temos compromisso com uma história muito peculiar desta cidade. Tudo mudou. Hoje temos uma estrutura administrativa profissional. Vamos provar que brincamos na avenida, mas tudo é feito com muita seriedade para garantir a alegria das pessoas que nos prestigiam", garante. O show desta terça vai contar com a Orquestra Tupy e participações de Miltinho, Elza Soares, Luiz Melodia, João Roberto Kelly e Roberto Silva.

Entusiamos na nova sede

Pedro Ernesto está entusiasmado ainda mais com o novo espaço, cedido pelo secretário estadual de Transportes, Julio Lopes, com o aval do governador Sérgio Cabral. Para o prédio, que pertence à Rio Trilhos, empresa ligada à secretaria, o bloco criou um projeto cultural e turístico para a área da Lapa, tradicional reduto do samba, no Centro do Rio.

Na semana passada, o bloco cumpriu todas as exigências, conforme determinação do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), já que o prédio é tombado, e agora só falta a assinatura do governador para que o processo de cessão do imóvel seja autorizado. "Quem sabe o Bola não ganha esse presente no dia do seu aniversário?", vislumbra Pedro Ernesto, esperançoso.

A crise no Cordão da Bola Preta veio à tona em janeiro do ano passado, quando foi despejado devido à falta de pagamento de condomínio e outros impostos com uma dívida estimada em quase R$ 2 milhões.

O Cordão da Bola Preta, que é considerado patrimônio cultural do Rio, foi fundado em dezembro de 1918. É o mais antigo da cidade. A sede da 13 de Maio foi comprada em 1950, pelo então presidente Francisco Carlos Brício.

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