RECIFE - O ministro Gilberto Gil disse nesta quarta-feira (7), em Recife, que o próximo Orçamento da União poderá contemplar a Cultura com 1% dos recursos federais. A pasta ainda não conseguiu mais do que 0,6% do total nos quatro anos de mandato do governo Lula.
Gil esteve na capital pernambucana para a abertura da Feira Música Brasil, evento que ocorre até o próximo domingo (11) e que tem como objetivo a realização de negócios no setor e a discussão do status atual do mercado musical. Em diversos momentos de seu discurso o ministro falou em "racionalização" e "otimização" de recursos na área.
Ele lançou o Prodec (Programa de Desenvolvimento da Economia da Cultura), projeto que, em um primeiro momento, irá coletar dados para diagnosticar as necessidades dos segmentos deste campo e terá verba de R$ 13 milhões só em 2007.
Esperava-se também o anúncio das plataformas de sua gestão no segundo mandato do governo Lula, mas o ministro não especificou quais serão as prioridades da pasta.
Gil, no entanto, disse que já há acenos dos setores responsáveis pela liberação de recursos para que se chegue a 1% do Orçamento em 2008. Para este ano, o montante dos recursos federais - aprovado pelo Congresso em dezembro de 2006 - totaliza R$ 616,1 bilhões.
"Já foram levados ao presidente nossos pedidos e nossas demandas no sentido de que o nosso orçamento [da Cultura] seja ampliado e que a capacidade de alternativas não-orçamentárias com as estatais e o Congresso possa ser incrementada por meio de emendas. O presidente autorizou que essas demandas sejam distribuídas pela Casa Civil, pelo Planejamento e pela Fazenda, que são responsáveis pela área orçamentária", declarou o ministro.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva já havia se pronunciado no final de 2006 a favor de que o MinC tenha 1% do Orçamento.
"Está melhorando. Quando nós chegamos era 0,2%, passou para 0,6%, incremento que foi fundamental para o Ministério da Cultura realizar seus projetos", disse Gil.
Sobre o Prodec, a coordenadora do evento e do Programa de Desenvolvimento da Economia da Cultura do MinC, Paula Porta, disse que após os estudos sobre as necessidades da Cultura, haverá a fase de capacitação de empresas para a comercialização de produtos culturais e, em seguida, a promoção de negócios.
Informações do G1
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