BRASĂLIA - O governo vai reacender o debate em torno da regulação do audiovisual brasileiro., desta vez, por meio da proposta de uma Lei Geral de Comunicação Social EletrĂŽnica e TV Digital. Hoje o ministro da Cultura, Gilberto Gil, esteve reunido com o presidente do Senado, Renan Calheiros.
Ele foi apresentar a candidatura de Leopoldo Nunes para a diretoria da AgĂȘncia Nacional de Cinema, a Ancine, e aproveitou para conversar sobre a nova lei, que terĂĄ que ser aprovada pelo Congresso para sair do papel. Gil se reuniu tambĂ©m com o ministro da Secretaria Geral da PresidĂȘncia da RepĂșblica, Luiz Dulci, e com a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousself.
HĂĄ dois anos, o MinistĂ©rio da Cultura tentou transformar a Ancine em Ancinav (AgĂȘncia Nacional do Cinema e do Audiovisual), para que a agĂȘncia passasse a cuidar de toda a ĂĄrea audiovisual. O debate nĂŁo chegou a um consenso e o governo recuou do projeto.
Agora, segundo Gil, a idĂ©ia Ă© menos ambiciosa. O governo nĂŁo quer transformar a agĂȘncia, mas nĂŁo abre mĂŁo de aumentar a sua abrangĂȘncia, com a criação da nova lei. "Entre as alegaçÔes para uma agĂȘncia reguladora era que nĂŁo tinha uma lei de comunicação. O presidente Lula achou por bem recomendar o estudo, a anĂĄlise para a lei. Esse processo todo estĂĄ sendo feito hĂĄ um ano e agora estĂĄ tomando fĂŽlego", explicou Gilberto Gil, apĂłs a reuniĂŁo com Renan.
O ministro ressaltou que as mudanças não vão ser feitas de forma autoritåria. Ele disse que, mais uma vez, haverå espaço para o debate com toda a sociedade, mas não quis adiantar as mudanças que a lei trarå. "Vai ser discutido por todo mundo, a sociedade toda, os meios de comunicação, a sociedade civil, o meio empresarial e o governo. Todo mundo."
Para o secretĂĄrio do Audiovisual do ministĂ©rio da Cultura, Orlando Senna, Ă© necessĂĄrio ampliar a ĂĄrea de atuação da Ancine com a nova lei, para que se acompanhe a evolução dos meios de comunicação. "A lei traz forçosamente a ampliação da Ancine para que a agĂȘncia possa abranger toda a ĂĄrea audiovisual. A Ancine estĂĄ instrumentada para tratar do cinema e pequenos aspectos de regulação de TV a cabo", explicou ele, que acompanhou Gil na visita ao presidente do Senado.
O secretĂĄrio destacou que essa nĂŁo Ă© uma necessidade apenas brasileira. "Na AmĂ©rica Latina, todos os paĂses estĂŁo modernizando duas leis". A lei que rege a ĂĄrea audiovisual no Brasil Ă© de 1962, segundo Senna. E nĂŁo abrange a regulação da exibição de audiovisuais em tecnologias como os telefones celulares.
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