Gil elogia combate do governo à corrupção e diz que fica na pasta

Agência Folha

Atualizada em 27/03/2022 às 14h44

BRASÍLIA - O ministro da Cultura, Gilberto Gil, afirmou hoje que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez o que tinha que fazer no combate à corrupção, em especial no caso das denúncias envolvendo funcionários e políticos no suposto esquema de cobrança de propina nos Correios.

Durante sabatina Nesta tarde, Gil evitou fazer críticas à condução do governo Lula em todos os setores, até mesmo o econômico, que afetou sua pasta com um grande corte de verbas. Ele afirmou que permanecerá no seu cargo e que vai apoiar a reeleição de Lula em 2006.

"Muita gente quer que eu deixe o ministério, mas isso é outra coisa. Eu não quero deixar, não quero não, só deixaria o ministério se o presidente Lula dissesse. O que dá margem ao boato são pretensões, gente que quer ser ministro... e a imprensa tem sua parte nisso."

O ministro se recusou a fazer comentários sobre as denúncias de fisiologismo do atual governo, após ser lembrado de que falou que deixaria de apoiar o governo do então presidente Fernando Henrique Cardoso por estar preocupado com o fisiologismo no governo tucano.

"Passei a apoiar o Lula porque achei que estava na hora. Não me decepcionei com seu governo porque sei que as coisas são complicadas. Não é fácil conciliar um ideário reformista profundo com o status quo, com as coisas como estão."

Sobre o elevado número de denúncias de corrupção o governo, Gil afirmou não ver nada além do que já foi registrado em outros governos. "Não vejo nada acima dos índices de governo anteriores. Não cabe ao governo combater a corrupção. Cabe à sociedade. A sociedade brasileira tem que mudar isto."

Sobre a CPI dos Correios e a posição do seu partido, o PV, Gilberto Gil também evitou fazer comentários. "Sobre o caso dos Correios, o que governo tinha que fazer já fez. Acionou o Ministério Público e a Polícia Federal."

Ministro da Cultura desde o início do governo Lula, Gilberto Gil permanece no cargo mesmo depois da saída do PV --partido do qual é filiado-- da base aliada. Segundo membros do partido, sua indicação não foi política

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