IMPERATRIZ – São vários tipos de mães, inúmeras delas fazem coisas, que podemos não imaginar. Dentro desses, conseguimos encontrar um modelo não muito conhecido, as mães de oração, mulheres que recebem jovens na igreja para aconselhar e andar junto durante o ano, mas, na verdade muitas delas se tornam tão amiga, que esse amor acaba durando para sempre.
De acordo com o psicanalista e professor, Ivan Lima, entre os muitos tipos de mães, não existe uma regra ou uma definição para tal ser. “Não foi ensinado na escola como uma mulher ser mãe, ou como amar como mãe, cada uma delas ama, defende e cuida do seu jeito”, explicou Ivan.
E sobre o modelo mãe de oração? Segundo alguns membros de igrejas evangélicas locais de Imperatriz, estipular mães de oração já é algo tradicional das congregações. Eles destacaram que isso, faz as senhoras da igreja ter uma relação de oração e apego muito grande com os jovens e adolescentes.
Nesse contexto, conversamos com duas mães, que passaram além e tiveram relações de amor maior que apenas de orações pelos seus filhos. Muitas delas passaram a quase fazer parte da família do filho, ou o contrario. A vida de cada uma delas mudou, pois além de serem mães de seus filhos biológicos, os filhos adotivos da igreja passaram a trata-las como verdadeira mãe.
Para Kllenne-Lys Macêdo, mãe, esposa de pastor e pastora em uma das congregações de uma igreja local, destacou que a primeira vez que ela foi colocada como mãe de oração, foi algo muito diferente e que ela não conhecia. Ela explica que ano após ano, muitos e muitos filhos passaram a ser participantes da vida dela.
“A primeira vez, que eu fui escolhida para ser mãe de oração, foi na segunda congregação, que eu e meu marido formos ser pastor. Mas, no momento que eu passei a ser mãe de oração pela primeira vez, percebi que tem aqueles jovens que se apegam muito e aqueles que não. No entanto, eu tive um vinculo de mãe de oração bem mais próxima com alguns jovens, eles passaram a contar seus problemas e dificuldades”, ressaltou com alegria a líder.
A pastora, também, destacou que compara o ser mãe de oração como adotar uma criança que não foi gerada por ela, mas sim em Deus e com isso se tornando um filho verdadeiro como os biológicos. “Quando adotamos um jovem para ser sua mãe de oração, temos uma responsabilidade muito grande. Eu me sinto honrada e privilegiada em ser mãe de oração”, com sorriso no rosto falou Kllenne-Lys.
Além da dessa mãe, conversamos com a irmã Rosimeire Oliveira, uma mãe, que foi escolhida pelo seu filho de oração. Segundo ela, ele mesmo chegou até ela e perguntou se queria ser a mãe dele. Essa história foi mais além, pois, esse filho de oração dela faleceu, e Rosimeire, continuou a auxiliar a mãe biológica do rapaz, durante a recuperação.
“Deram uma mãe para ele, no entanto, o rapaz já me conhecia e não gostou da mãe que a igreja lhe entregou, assim ele olhou para mim e perguntou se eu não queria ser a mãe de oração dele. Assim, quando sempre que eu orava colocava o nome dele em minhas orações, e todas as vezes que ele estava doente vinha para minha casa, isso, como se fosse da família”, explicou a irmã Rosimeire.
A mãe Rosimeire, destacou, o após a morte do rapaz, pois o vínculo se tornou maior do que já era com a mãe dele. “Ela entrou em uma depressão que não abria a porta para ninguém, mas pela consideração que eu tinha por mim com o filho dela, ela me atendia, me recebendo muito bem até hoje. Ela me chama de escudo, pois, segundo ela eu sou forte em tudo”, com brilho nos olhos falou a mãe.
Para o psicanalista Ivan Lima, a mãe é o primeiro grande amor na vida de uma pessoa, um sentimento que surge de forma natural e espontânea.
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