RIO DE JANEIRO – Como já diz o ditado, “de boas intenções o inferno está cheio”. O inferno, neste caso, talvez não dê para ser materializado. Mas as boas intenções sim. E elas, portanto, estiveram nas cabeças de Rob Thomas e seus companheiros de equipe do Matchbox Twenty. Ser a banda que precedeu os grupos de hits grudentos como Nickelback e Bon Jovi, a banda tentou dar um show com o alcance necessário que seria causado, posteriormente, pelas já citadas bandas. Mas só conseguiu a força de ser uma atração intermediária.
As batidas de “Bent”, lá pelas 20h30, se aliariam, mais tarde, a sequência de “3 AM”, “Real World” e “Long Day” que, juntas, revisitavam canções do disco de estreia do grupo (“Yourself Or Someone Like You”), que foi o mais vendido deles até então.
Mas, apesar do “revival”, (in) felizmente, no Brasil, a história é outra. Foram os hits “novelísticos” “Unwell” e “Disease” que deram um gás ao show, arrancando coros e a clássica “levada de braços”.
“She’s So Mean” e “How Far We’ve Come”, faixas mais recentes do grupo, arrancaram gritos e agradaram aos fãs. Mas seguir com “English Town”, “So Sad So Lonely” e “Back 2 Good”, não foi uma boa pedida. A salvação veio com uma venenosa versão de “Jumpin’ Jack Flash”, dos Rolling Stones.
A despedida, com “Push”, ainda buscava um certo toque de revisionismo. Mas a certa altura do campeonato, a “banda mais odiada do rock” já era pedida pelo público. Ainda assim, Rob Thomas e Cia. devem ter saídos de cabeça erguida. Anteceder grupos com dezenas de hits nas mãos não é uma tarefa das mais fáceis.
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