RIO DE JANEIRO – “Tudo pode acontecer (...). Preparamos um show híbrido, misturando várias propostas da banda”, afirma Andreas Kisse, guitarrista do Sepultura, ao Imirante.com, minutos antes do show começar. No palco, a parceria banda brasileira com o conjunto francês Tambours du Bronx funcionou de forma satisfatória para muitos dos ali presentes que, infelizmente, não puderam comparecer à performance de dois anos atrás.
Subindo pontualmente às 18h30, quando boa parte do público ainda chegava ao festival e outra parte ainda curtia o rock farofa de Sebastian Bach, o Sepultura subiu enérgico e cheio de disposição, com uma vitalidade transparente, já nos segundos iniciais do show.
“Kaiowas” e “Spectrum” foram corretas, mas foi “Refuse/Resist” que empolgou a multidão, que já havia terminado de cantar os versos de Bach no outro palco. O quarteto pancada de “Sepulnation”, “Delirium”, “Fever” e “We’ve Lost You” seguiu imponente até a pancada de “Structure Violence”.
O repertório, bem diferente do que fora apresentado na edição anterior, quando a dobradinha, ainda, era do Palco Sunset, não desagradou. Ainda que tenha deixado de lado alguns hits famosos do grupo que, de acordo com o vocalista Derrick Green, poderão ser ouvidos no último show do Palco Sunset, quando o Sepultura sobre, novamente, ao palco, para fazer uma parceria com o cantor Zé Ramalho.
“É muito bom tocar no 'Rock In Rio' (...) é sempre bom tocar com bandas diferentes, e poder ver coisas que podem funcionar por aqui”, acrescentou Green. Para ele, o fato do Sepultura estar, hoje, no palco principal, abrindo a noite de shows, é um passo para que, no futuro, a banda seja a grande atração da noite. “É preciso olhar e observar o que as pessoas querem. Ver o que o público quer é que nos levou até aqui”, disse, ao Imirante.com, o vocalista.
O primeiro show do Sepultura no "Rock In Rio", que será gravado e, posteriormente, lançado em DVD, terminou com a pegada raivosa de “Roots Bloody Roots”. No que depender das demais atrações e do desempenho do quarteto brasuca nesta primeira apresentação, o Sepultura foi a escolha certeira para “iniciar” (no Palco Mundo) e “terminar” (no Palco Sunset) este segundo fim de semana do "Rock In Rio".
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