RIO DE JANEIRO – Recepção calorosa. Talvez estas sejam as palavras mais próximas do que o público sentiu na abertura da 13ª edição do Rock In Rio. Pelo menos, no que diga a quem frequentou o Palco Sunset.
Abertura morna
A abertura, com as apresentações de Orelha Negra e Flávio Renegado, mostrou uma apresentação morna e de fraca recepção. O brilho do palco secundário só veio, mesmo, já no meio da tarde em diante, com as apresentações efervescentes das dobradinhas de Vintage Trouble e Jesuton (revelação nacional), Maria Rita com a cantora Selah Sue e, principalmente, de Living Colour com Angélique Kidjo.
Quando o Rock N’ Roll e o Soul se misturam
Se diversão tem um nome nesta sexta, o nome “provisório”, pelo menos, é do carismático Ty Taylor, que roubou a cena mesmo estando em um palco menor e num horário, ainda, não totalmente preenchido pelo público. Mesmo assim, as pérolas do rock entoadas pelo cantor estremeceram entre o público presente, atraindo, aos poucos, cada vez mais pessoas.
Apostando no rock acelerado, com timbres soul e veia setentista, o Vintage Trouble animou o público, mostrando gás e pureza musical, ao mesmo tempo, vistos nos remelexos e na vibração das milhares de pessoas vistas ali.
Após “Nobody Told Me”, a cantora Jesuton chegou e pavimentou o terreno para um momento mais “light”, mas não menos caloroso. Com um tempero soul e R&B, Jesuton abrilhantou o Palco Sunset, ao mostrar uma versão primorosa de “Mas Que Nada”, que pôs todo o público numa roda de samba improvisada.
Falhas resolvidas por meio de carisma
A terceira dobradinha do Palco Sunset deveria mostra uma dupla impecável: a arte tupiniquim de Maria Rita com o talento belga, mas de ritmos diversos da cantora Selah Sue. Era, mas por um grande esforço das cantoras, quase não foi.
Selah Sue mostrou, de forma tímida, um pouco de seu repertório, atingindo o ápice na canção mais famosa dela: “Raggamuffin’”. A brasileira, por outro lado, teve tempo de mostrar um repertório já bem quisto entre o público brasileiro. Teve, mas foi interrompida: falhas na microfonia.
Apesar do tropeço da organização, Maria não perdeu o embalo e encarou a situação com os versos de “Acredito na Rapaziada”, de Gonzaguinha. Correspondida pelos fãs, que ajudaram-na canção do começo ao fim, Maria Rita continuou o bom show com um carisma invejável. A rapaziada, portanto, foi recompensada minutos mais tarde, com a performance de “Cara Valente”, no bis.
Pouco público, apresentação grandiosa
A divisão pode até ser questionável, por vezes. Na escalação do Living Colour e da cantora Angelique Kidjo para o Palco Sunset, a escolha pareceu justa. Ao menos, se considerarmos a quantidade do público envolta na apresentação. Em termos de excelência musical, o duo mostrou um show irreparável à parte.
O álbum “Vivid”, da banda Living Colour, foi mais do que só lembrado: “Glamour Boys” e “Cult Of Personality” garantiram a nostalgia necessária aos fãs que esperavam, há tempos, pelo show do grupo. Funkeado, cheio de groove, com os riffs e as batidas pesadas de sempre, o grupo acabou dando vez ao som tribal de Angelique Kidjo, que apesar de ser desconhecida por boa parte de quem estava ali, garantiu mais do que um coro em um refrão decorado.
Angelique e o Living Colour se divertiram no palco, onde a cantora mais parecia uma “mãe briguenta” dos músicos. Mãe esta que primou por uma diversão no palco e além dele: a química rolou tão bem entre os músicos que rendeu risos que, nos fãs, já estavam estampados desde a primeira música.
Palco Sunset anima público e traz emoção ao RIR
Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais X, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.