Após protesto

Vale quer punição de manifestantes após depredação

Moradores de Tufilândia interditaram ferrovia e queimaram veículos.

Imirante.com, com informações da TV Mirante

Atualizada em 27/03/2022 às 11h40
 Foto: Reprodução/TV Mirante.
Foto: Reprodução/TV Mirante.

TUFILÂNDIA – Após a ocupação da Estrada de Ferro Carajás por moradores do município de Tufilândia, nessa quarta-feira (19), a Vale informou, por meio de nota, que está adotando medidas para que os autores da destruição no local sejam punidos.

Os manifestantes se revoltaram contra a empresa e empreiteiras responsáveis pelas obras de duplicação da ferrovia. Eles reclamaram que não tiveram oportunidade de trabalho, e que foram contratados trabalhadores de lugares mais distantes. Há também a alegação de que o tráfego de veículos pesados está danificando a rodovia.

Durante o protesto, eles queimaram um ônibus e um carro. Além disso, bloquearam outros acessos ao município com fogueiras. Cerca de dez horas depois, a polícia conseguiu chegar a um acordo com os manifestantes. Segundo a Vale, as operações de carga e passageiros da Estrada de Ferro Carajás foram liberadas por volta das 14h de ontem.

 Foto: Reprodução/TV Mirante.
Foto: Reprodução/TV Mirante.

A empresa afirmou que houve “perigo de desastre ferroviário”, em razão do “vandalismo” e da “sabotagem dos trilhos”. A Vale, também, disse que os empregados e terceirizados foram apedrejados pelos manifestantes.

A nota acrescenta que foi ingressada uma ação de reintegração de posse do trecho ocupado e demonstrou compromisso em valorizar e contratar mão de obra local.

Leia a nota abaixo:

A Vale informa que as operações de carga e passageiros da Estrada de Ferro Carajás (EFC) foram liberadas nesta quarta-feira, às 14h, após invasão no Km 240, por moradores do município de Tufilândia (MA). Manifestantes bloquearam a ferrovia ontem à noite sob o pretexto de reivindicar empregos. A Vale informa ainda que foi deferida liminar de reintegração de posse e os invasores serão intimados da decisão por um Oficial de Justiça.

Os invasores, de forma ilegal e violenta, atearam fogo no trecho da ferrovia, em um ônibus de empresa terceirizada e um carro da Vale. Este último foi arrastado para cima da linha do trem e incendiado. Os empregados e terceirizados da Vale foram vítimas de apedrejamento pelos invasores, e um canteiro de obras que fica ao lado do local interditado também foi incendiado pelos vândalos.

A Vale ingressou com ação de reintegração de posse do trecho ocupado, e já está adotando as medidas criminais cabíveis para apuração dos autores da destruição de patrimônio público e privado, perigo de desastre ferroviário, inclusive daqueles que incitaram o vandalismo e a sabotagem dos trilhos.

O ato de impedir ou perturbar serviço da operação ferroviária, destruindo e danificando bens, colocando obstáculos na linha e praticando ato que possa resultar em desastre ferroviário, é crime previsto no Código Penal Brasileiro e afronta o Estado Democrático de Direito baseado no respeito as leis.

A Vale esclarece que a valorização e a contratação de mão de obra local é um compromisso em todas as suas operações. Entre dezembro de 2014 e fevereiro de 2015 a Vale capacitou 345 profissionais de 8 cidades maranhenses, entre elas Tufilândia, município que teve a participação de 50 profissionais formados em turmas como carpinteiro, armador, pedreiro, oficial de via permanente, operador basculante e soldador. Neste ano, só de Tufilândia foram contratados 110 profissionais para trabalhar em empresas que atuam na expansão da ferrovia.

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