SÃO LUÍS - Nos últimos anos tem se verificado o aumento da violência entre jovens, quer seja na forma de bullying na escola, quer seja em atos provocativos e discriminatórios nas ruas, como o caso do estupro coletivo noticiado nas últimas semanas. Segundo uma pesquisa divulgada pelo Ministério da Educação (MEC) os dados mostram que quatro em cada dez estudantes afirmam já ter sofrido algum tipo de violência física ou verbal dentro da escola no último ano. Os números mostraram uma média de 42% quando analisados os estudantes das setes cidades mais violentas do Brasil, em que 65% dos casos, o agressor foi um colega da unidade educacional.

Alguns fatores como a discriminação social, racial ou por orientação sexual, também, torna isso uma realidade no ambiente escolar, em que quase um terço dos estudantes sofreu esse tipo de agressão. A pesquisa mostrou que os dados coletados na pesquisa realizada com estudantes de escolas públicas das sete capitais brasileiras mais violentas do país mostra: Maceió (AL), Fortaleza (CE), Vitória (ES), Salvador (BA), São Luís (MA), Belém (PA) e Belo Horizonte (MG). De acordo com a pesquisa, Fortaleza tem 67% de casos, seguido por Belo Horizonte (66%), Salvador (40%), Maceió (33%), Vitória (30%), São Luís (28%) e Belém (28%).

Com o objetivo de chamar a atenção da sociedade e promover o debate acerca desse tipo de violência, o psicanalista Alberto Saúl ministra palestra “Adolescente mau”, na sexta-feira (17) e sábado (18), às 19h, no Uniceuma (Renascença II). A palestra integra a programação da atividade preparatória para a X Jornada de Psicanálise promovida pela Delegação Geral Maranhão – Escola Brasileira de Psicanálise em São Luís.

Debate

Para o palestrante, vale a pena que os psicanalistas coloquem uma lupa sobre esse adolescente que se propõe decididamente angustiar ao outro. A palestra será apresentada como um espaço de diálogo para se pensar o que pode ser feito para evitar tais situações. Pode-se dizer de um adolescente que é "mau", ou que está somente "doente"? Qual o tratamento pode ser dado para essa crueldade? Essas são algumas questões que serão abordadas durante a palestra.

No sábado, 18, as atividades continuam com o seminário “O adolescente como placa giratória”, com palestras e apresentações de trabalhos desenvolvidos por participantes da Delegação Geral Maranhão / EBP.

Serviço:

O quê: Palestra “O Adolescente Mau”, com Alberto Saúl

Quando: sexta-feira (17), às 19h

Onde: Uniceuma (Renascença II)

Valor: entrada gratuita.

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